A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid deverá ser orientada por um plano de trabalho elaborado pelo senador Alessandro Vieira, (Cidadania/PE). Para a elaboração do programa, o senador contou com apoio dediversos membros do colegiado.
Segundo informações do G1, o documento final será levado a votação durante a primeira reunião da CPI, prevista para ocorrer após o feriado de Tiradentes, no dia 22 ou 27 de abril, conforme calendário do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O senador Omar Aziz (PSD-AM) está previsto para ocupar o cargo de presidente da comissão, enquanto Randolfe Rodrigues (Rede-AP) será o vice-presidente e Renan Calheiros (MDB-AL) o relator.
Novo coronavírus e governo federal
O roteiro da CPI prevê a realização de acareações, quebras de sigilo e a convocação dos principais auxiliares de Bolsonaro para prestarem esclarecimentos sobre ações e eventuais omissões do Governo federal no enfrentamento ao coronavírus.
Ministros do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga (Saúde) e Paulo Guedes (Economia) estão cotados para prestarem esclarecimentos na CPI.
CPI convocará ministros
Na CPI, Queiroga deverá explicar a falta de medicamentos e insumos para o kit incubação, a atual demanda de oxigênio no país e a distribuição pelo governo federal de medicamentos sem eficácia comprovada. Além disso, as falhas na aquisição de vacinas também deverão ser alvo de questionamentos.
A Guedes, os questionamentos estarão relacionados aos recursos gastos com o auxílio emergencial e as medidas econômicas voltadas à parcela da população brasileira em situação de vulnerabilidade.
O plano de trabalho da comissão inclui ainda a convocação dos ex-ministros da Saúde na gestão Bolsonaro –Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello–, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) Fábio Wajngarten e o ex-comandante do Exército general Edson Pujol, que deverá esclarecer na CPI a produção de cloroquina pelo Exército.