Em entrevista ao jornal O Globo, a defesa da mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, disse que ela teria ido ao salão um dia após ter enterrado o filho para fazer manutenção no seu mega hair (alongamento de cabelo).
Segundo o advogado Hugo Novais, Monique ficou "desesperada" após a morte da criança e arrancou tufos da cabeça. De acordo a defesa, não havia condições dela se apresentar daquele jeito, o que motivou sua ida ao salão localizado em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
Monique esteve no salão no dia 12 de março, quando gastou R$ 240 em procedimentos estéticos.
Em uma conversa recuperada no celular da mãe de Henry, que foi anexada ao inquérito que está nas mãos da Polícia Civil, ela teria recebido uma mensagem de uma funcionária do salão se desculpando por ter cobrando um valor inferior.
Ela, então, dá detalhes do serviço prestado a Monique: pé (R$ 39), mão (R$ 35), conserto de unha de acrigel (R$ 27) e tratamento (R$ 139). A funcionaria disse que Monique poderia transferir o valor restante, de R$ 40, por PIX, mas a cliente disse que iria passar no salão.
Uma das cabeleireiras que costumava atender Monique todas as vezes que ela ia ao local confirma, em um depoimento que prestou na 16ª Delegacia de polícia da Barra da Tijuca, que a mãe do menino Henry teria feito uma chamada de vídeo com o filho no dia 12 do mês de fevereiro, alguns minutos após o vereador Dr.
Jairinho bater nele. Henry chegou a perguntar para a mãe, segundo a funcionária, se ele a atrapalhava. Monique teria respondido que ele não atrapalhava.
Ainda segundo o relato, a professora então ligou para o Dr. Jairinho e disse que ele não iria mandar a babá embora, pois, se ele mandasse a funcionária embora, ela iria junto.
Monique também teria dito que a babá não disse nada, e sim o próprio Henry. Logo em seguida, ela teria perguntado para a cabeleireira onde poderia comprar câmeras de segurança.
Babá acusa mãe de Henry de negligência
Em uma entrevista ao "Domingo Espetacular", da Record TV, a advogada da babá Thayna de Oliveira Ferreira disse que enxerga negligência nas atitudes da mãe de Henry.
Essas atitudes que estão no depoimento da babá se referem às agressões cometidas por Jairinho.
Segundo a advogada Priscila Guilherme Sena, nenhuma mãe que tem consciência de episódios de agressão por parte do padrasto iria permitir que acontecesse uma segunda vez. Depois disso, segundo a advogada, a criança deveria ter sido tirada da casa dela, ou ela deveria ter se afastado do atual marido.