O casal Fátima e Roberto se mudou com os filhos para uma casa em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, no ano de 2018. Felizes por encontrar um imóvel aconchegante e com aluguel acessível, eles receberam a notícia de que a proprietária da casa estava desaparecida. Apesar de estranhar o fato, a família não desistiu do contrato, no entanto, acabou encontrando a senhora desaparecida no próprio imóvel.
Contrato
Antes mesmo de programarem a mudança, a família já ficou sabendo que a dona da casa estava desaparecida desde o ano de 2013. No entanto, a oportunidade de sair de um apartamento e alugar um bom imóvel mais espaçoso não foi afetada pela informação.
De acordo com Fátima, quando a família visitou a casa a corretora já informou o fato e insistiu muito para que eles fechassem o contrato. Ela acredita que a história do desaparecimento fazia com que as pessoas não quisessem morar ali.
Após o desaparecimento da proprietária, o irmão da mesma ficou responsável pelo imóvel e o aluguel seria realizado através de uma imobiliária. A corretora também informou ao casal que antes deles alugarem a residência outro casal havia morado nela.
Brincadeira séria
Apesar do mistério que envolvia o desaparecimento da proprietária, a família acreditava que ela estivesse viva em algum lugar, talvez perdida ou algo do gênero.
O pai, Roberto, chegou a dar uma entrevista à BBC News onde relatou que seus filhos faziam brincadeiras em torno da situação e diziam que a senhora estava enterrada na residência.
O grande problema foi quando a brincadeira se tornou algo verídico.
No início deste ano, Roberto decidiu limpar e organizar algumas coisas no jardim na companhia do filho mais velho. Enquanto eles mexiam no jardim, encontraram um tecido enterrado e decidiram cavar. Para a surpresa de todos, a ossada de Luzia estava enterrada bem ali.
A descoberta deixou a família completamente apavorada e a polícia reabriu as investigações em torno da morte de Luzia.
O crime
Os restos mortais de Luzia encontrados no jardim de casa foram uma grande surpresa não apenas para a família, mas também para os policiais, que em nenhum momento suspeitaram que isso poderia ter acontecido.
Junto aos ossos foram encontrados uma prótese metálica que Luiza havia colocado na coluna através de um procedimento cirúrgico e a identificação final foi realizada através da examinação da arcada dentária.
Luzia
De acordo com vizinhos que prestaram depoimento, Luzia era uma professora aposentada, muito querida por todos, simpática e apaixonada por gatos, dança e também pelo mar.
Após ser encontrada, foi possível constatar que ela não foi assassinada a facadas ou através de tiros. A suspeita policial é de que ela tenha sido estrangulada e posteriormente enterrada no jardim sob tijolos e lírios, no intuito de dificultar o encontro dos restos mortais.
O delegado responsável pelo caso mencionou que o crime deve ser esclarecido em um prazo médio de um mês.
* Os nomes na reportagem foram alterados para proteger as identidades dos membros da família e da proprietária da casa.
