Um engano na área de saúde ocorreu na cidade de Criciúma, em Santa Catarina. Uma menina de seis anos recebeu por engano a vacina contra a Covid-19.
O caso
No dia 26 de outubro, a menina foi a um posto de saúde acompanhada de seus familiares para tomarem a dose da vacina contra a gripe. A responsável por aplicar a vacina acabou cometendo um engano e vacinou a criança com a vacina da Pfizer para a Covid-19.
A secretaria Municipal de Saúde se manifestou a respeito do caso e confirmou que a menina realmente recebeu a vacina errada, mas que está bem e segue recebendo acompanhamento médico.
Ainda de acordo com a prefeitura, a responsável pelo erro foi afastada do trabalho e o caso está sendo investigado.
Acélio Casagrande, responsável pela pasta de saúde de Criciúma, afirmou que a vacinadora tem mais de nove anos de experiência e que um processo administrativo já foi aberto para que sejam identificadas as causas do erro.
Acélio ainda revelou que ficaram sabendo do caso através da Vigilância Epidemiológica, e que ao saber do erro da profissional o afastamento ocorreu imediatamente. "É um erro humano, que pode acontecer em qualquer lugar com qualquer profissional", disse.
Vigilância Epidemiológica
Após ser procurada para esclarecimentos sobre o caso, a diretoria da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina informou que em casos como esse é necessário notificar o erro no sistema do Ministério da Saúde.
Vacinação em crianças
Atualmente, a vacina contra a Covid-19 está sendo aplicada em adolescentes a partir de 12 anos. Crianças com menos de doze anos ainda não estão recebendo as doses.
Apesar deste fato, no início do mês passado, as fabricantes Pfizer e a BioNTech realizaram um pedido ao Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, para que fosse concedida a autorização para o início da aplicação de doses em crianças entre 5 e 11 anos.
O pedido foi realizado após estudos serem concretizados e demonstrarem que a aplicação de doses nesta faixa etária é segura.
Apesar de o vírus se manifestar de forma mais leve em crianças, as empresas julgam que vacinação é essencial devido ao alto nível de casos nesta faixa etária em determinados locais.
O processo de vacinação em crianças segue adiantado nos Estados Unidos.
No Brasil, a questão ainda não está definida e apenas adolescentes acima de doze anos estão recebendo o imunizante depois de muitas idas e vindas nas decisões. O Ministério da Saúde havia interrompido as aplicações, mas voltou a autorizar as doses em setembro.