A Braskem, uma importante empresa petroquímica no Brasil, foi multada em mais de R$ 72 milhões pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL). Esta penalidade se deve aos danos ambientais e ao risco de colapso e desabamento da mina 18, localizada na região do Mutange, em Maceió. A mina 18 é uma entre as 35 minas de sal-gema que a Braskem operava na capital alagoana.
Acúmulo de autuações e alerta de colapso
Esta multa surge em um contexto onde a Braskem já enfrentava questões legais e ambientais em Alagoas. Desde 2018, a companhia acumulou um total de 20 autuações relacionadas a problemas ambientais e de segurança nas suas operações em Maceió. Em um fato relevante divulgado pela empresa, foi mencionado que ela foi intimada sobre o potencial colapso em uma de suas minas em Maceió, demonstrando a urgência e gravidade da situação.
Além disso, a Braskem tem enfrentado críticas e ações legais por não assumir oficialmente a responsabilidade pelo afundamento de cinco bairros em Maceió, um problema resultante da extração de sal-gema.
Apesar de a empresa ter sido apontada como responsável pelos acontecimentos em um relatório de 2019 do Serviço Geológico do Brasil, ela tem se concentrado em afirmar que sua prioridade é a "segurança das pessoas".
Em um caso separado, mas relacionado, a Justiça de Alagoas bloqueou R$ 1,08 bilhão da Braskem para garantir o pagamento de danos patrimoniais causados pelos afundamentos de solo em pelo menos cinco bairros de Maceió. Esse bloqueio de recursos foi uma medida para assegurar que a empresa cumpra suas obrigações legais e compensatórias diante dos danos causados.