Em um futuro não muito distante, identidade,CPF e outros cartões de identificação do ser humano poderão estar em desuso, eserem objetos de museu. E com a vantagem de, quando alguém fizer um cadastro noqual necessite esses tipos de documentos, nunca mais tenha o desgosto de ter seesquecido de trazer.

O implante de microchip, que é uma identificação decircuito integrado ou dispositivo de RFID transponder envolto em vidro desilicato, está se tornando uma realidade e poderá ser implantado no nosso corpo, começando no país no qual elefoi inventado: a Inglaterra.

O Professor Kevin Warwick, diretor da cibernética daUniversidade de Reading, no Reino Unido, tornou-se o primeiro ser humano aacolher um microchip no dia 24 de agosto de 1998. Durante um procedimentomédico de 20 minutos descrito como "uma rotina de implante desilicone-chip", pelo Dr. George Boulos, que liderou a operação, umacápsula de vidro não muito maior do que uma pérola foi inserida no braço de Warwick.A cápsula contém vários microprocessadores, e hoje em dia está sendo fabricadado tamanho de um grão de arroz.

Aplicações do mundoreal

Os primeiros experimentos relatados com um RFID implanteforam realizados em 1998 pelo próprio cientista britânico. Seu implante foiusado para abrir portas, ligar luzes, e entrar e sair de um edifício considerado"inteligente".

Depois de nove dias, o implante foi removido, poisfora uma experiência.

Embora o experimento soe como um episódio ficção científica,“suas implicações no mundo real são absolutamente possíveis”, diz o Dr.Warwick, que prevê inclusive enormes aplicações médicas, e não apenas umdispositivo com identificações, tipo de sangue, senha para abrir portas eafins.

Através de um sistema de chips embutidos interface com um sistema motorartificial, Warwick imagina paraplégicos caminhando. E isso é só para começar.

Depois do Dr. Warwick, outros cientistas de outros países,como a Holanda e os Estados Unidos, fizeram a mesma experiência, a maioriadelas bem-sucedidas.

No entanto, existem muitos boatos a respeito de implantes demicrochips em seres humanos.

Em 2011, muitos sites da Internet anunciavam queseriam obrigatórios nos Estados Unidos, devido a um projeto integrado no planode saúde universal de Barack Obama. Uma informação que depois foi desmentida.

Apesar de tudo, hácontrovérsias

Mas nem tudo é uma maravilha. Membros defensores dosconsumidores nos EUA declararam que, em algumas experiências feitas com animaisforam detectados tumores causados nas cirurgias de implantações dos microchips,e que o fato pode causar sérios riscos aos humanos também. Depois que, uma vezimplantado, o microchip dificilmente poderia ser extraído e ser reimplantado,se acontecesse o caso de modificar seus dados, podendo levar a um riscopotencial de saúde em toda vez que os dados tivessem que ser atualizados.

Legalmente, em 2010, o Senado norte-americano aprovou umalei que proíbe os implantes de microchips, permitindo a ação apenas paravoluntários. No estado da Virgínia também foi aprovada uma lei que proíbe asempresas de forçar seus empregados a serem implantados com dispositivos derastreamento.

No entanto, como a ideia ainda não foi desenvolvida em suatotalidade, os pesquisadores continuam se aprimorando no projeto que, àprimeira vista parece ser uma solução fantástica para vários fins.