Em um estudo realizado na Alemanha, 30 pacientes com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH, ou ADAH, Attention Deficiency Hyperactivity Disorder, em inglês), que tinham tido um sucesso limitado com tratamentos convencionais, relataram uma melhora significativa em sua qualidade de vida, após o uso medicinal de cannabis sativa. O estudo foi realizado entre 2012 e 2014 pelo Dr. Franjo Grotenhermen, em Rüthen, e analizado pela Dra. Eva Milz, médica psiquiatra e psicoterapeuta, em Berlim, e divulgado hoje.Com o uso medicinal da maconha, pacientes adultos com TDAH que mostravam resistência ou não respondiam ao tratamento com terapias farmacológicas convencionais (como o uso, por exemplo, de remédios como metilfenidato, atomoxetina e derivados de anfetaminas), tiveram uma diminuição significativa dos sintomas apresentados, incluindo melhorias na concentração e no sono, além de redução da impulsividade.
Na Alemanha, independentemente de sua condição médica, os pacientes podem se apresentar à Agência Federal do Ópio (Bundesopiumstelle, em alemão, pertencente ao Ministério da Saúde Federal), que regula a circulação de substâncias narcóticas ou psicotrópicas, para a aprovação do uso de flores de maconha, se a terapia padrão de uma determinada doença ou sintoma não for eficiente ou apresentar efeitos colaterais intensos ou graves.
O estudo
Fizeram parte do estudo 28 homens e 2 mulheres, com uma média de 30 anos de idade. Em 63% destes pacientes, o TDAH foi diagnosticado apenas durante a vida adulta. Todos os pacientes diagnosticados ainda na infância, entre 6 e 13 anos de idade, haviam sido previamente tratados com metilfenidato.
Foi sugerido a 22 dos 30 pacientes para interromper seus medicamentos prescritos, e continuar apenas com a cannabis medicinalmente.
Já existem alguns relatos além deste estudo sobre a eficácia da maconha no tratamento de TDAH, mas os dados científicos ainda são escassos. Um estudo de 2008 descobriu um impacto positivo no desempenho, comportamento e estado mental de um indivíduo de 28 anos de idade, segundo relatórios publicados na High Times, uma revista fundada em 1974, e devotada à legalização do uso de cannabis.
Nos Estados Unidos, apenas dois estados da Uniãopermitem a prescrição de maconha medicinal para tratar o TDAH, e apenas sob critério médico.