Muitas pessoas regressam à vida depois que seus sinais vitais pararam por completo. Muita gente acredita que são milagres de Deus.
Porém, a ciência tem uma explicação para esses casos de "ressurreição", embora a medicina ainda não tenha entendido bem do que se trata realmente.
Por acaso, o nome desse fenômeno, chamado Síndrome de Lázaro, é tirado da Bíblia, referente ao Lázaro de Betânia, que ressuscitou quatro dias após a morte.
A síndrome refere-se à recuperação de alguns sinais vitais depois que o paciente foi declarado morto, como o ritmo cardíaco, a respiração, o restabelecimento da circulação e até movimentos musculares.
Em geral, ocorre em pacientes que sofreram parada cardiorrespiratória, nos quais foi aplicado um desfibrilador. Também foram relatados casos após o abuso de drogas como a heroína ou cocaína, a chamada overdose.
A síndrome se define como um atraso da circulação espontânea (ROSC), na sequência da reanimação pulmonar. Depois que a síndrome foi reconhecida pela literatura médica em 1982, já foram registrados 38 casos. Um deles foi registrado em 2014. Depois de uma enfermeira não encontrar nenhum pulso em um homem de 78 anos, morador em Mississipi, nos Estados Unidos, ele foi declarado morto. No dia seguinte, o idoso acordou em um saco de corpo no necrotério.
Segundo os Médicos da Sociedade Britânica de Geriatria, cerca de 82% dos "ressuscitados" recobraram os sentidos de 10 a 15 minutos depois que cessaram as tentativas de reanimação pulmonar.
Outros 45% dos pacientes tiveram uma boa recuperação neurológica.
Pode parecer algo ainda estranho e desconhecido, mas os médicos acreditam que a síndrome é ainda mais comum do que informam os relatórios médicos. Um dos prováveis motivos é que os médicos têm medo de ficarem desacreditados por seus colegas ou de que a sua experiência profissional venha a ser questionada.
O próprio médico pode também ficar com dúvidas sobre o corrido.
A morte
No século 19, a Europa se apavorou com os relatos de pessoas que tinham sido enterradas vivas. Foi então que se iniciaram as discussões sobre a constatação da morte.
As sociedades médicas europeias definiram que a morte poderia ser constatada depois de 10 minutos de ausência de circulação, batimentos cardíacos e respiração.
O coração virou o principal indicativo da vida e, a sua parada, a morte.
Hoje em dia, os estudos sobre a Síndrome de Lázaro e outros pretendem auxiliar a determinar o exato momento em que ocorre a morte definitiva do indivíduo.
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