As bebidas alcoólicas fazem parte de todas as culturas, nos países mais longínquos do planeta. São, portanto, parte dos costumes de diversos povos há milênios. Quando ingeridas com moderação, não causam grandes danos à Saúde, mas em excesso prejudicam o fígado causando cirrose hepática, conduzem ao vício e dependência, entre outros diversos problemas.

Mudanças de humor são consequências esperadas, mas alguns indivíduos tornam-se desagradáveis e violentos.

Em nova pesquisa publicada recentemente no periódico Cogntive, Affective & Behavioral Neuroscience, cientistas australianos apresentam um detalhado estudo feito em homens embriagados e explicam o que ocorre com o cérebro humano quando está sob o efeito do álcool.

De acordo com o estudo, quando se bebe, o córtex frontal – parte do cérebro que comanda a personalidade, moderação de comportamento e planejamento – fica letárgica e incapaz de exercer suas funções.

O estudo em laboratório e seus resultados

No artigo, os estudiosos da Universidade de New South Wales, na Austrália, reforçam conclusões de estudos anteriores que associam os impulsos violentos com a ingestão de álcool.

Para tanto, utilizaram-se de imagens com alta resolução conseguidas por meio de ressonância magnética feita para detectar o funcionamento do cérebro durante a embriaguez.

No experimento, uma parte dos voluntários recebia drinks de vodca e outra drinks sem álcool. Todos foram, individualmente, convidados a participarem de um jogo no qual, quando perdiam, ouviam um grito do oponente vencedor.

Foram informados que jogavam contra pessoas reais e que estas podiam controlar o volume dos gritos, mas, na verdade, jogavam contra um computador. Após um tempo, o jogo se tornou basicamente uma sucessão de retaliações, o que causa enorme irritação em quem perdia.

Durante o processo, os cientistas monitoraram as atividades cerebrais de ambos os grupos e obtiveram as confirmações empíricas de efeitos danosos causados pelas substâncias alcoólicas sobre o comportamento humano.

Quando se estamos alcoolizado, o córtex frontal fica anestesiado e, assim, torna as pessoas menos tolerantes, mais críticos, mais irritados e a capacidade de exercer o bom senso diminui drasticamente. Pelas estatísticas, é comprovado que entre 35% a 66% de crimes violentos registrados têm como fator o consumo de álcool.

Com relação à questão comportamental, o maior problema se encontra, portanto, na combinação de bebida e situação hostil, principalmente para aqueles que já possuem ímpetos de agressividade. Tais indivíduos devem, por conseguinte, evitar o mais possível o consumo dessas substâncias.