Na última terça-feira (17), Henrique Mandetta, o atual ministro da Saúde, falou sobre a pandemia de coronavírus e os rumos do Brasil diante disso. De acordo com Mandetta, o país irá lidar com um pico da doença entre 60 e 90 dias.
Durante a sua fala, o ministro ainda deixou claro que existe uma estimativa de que os números ligados à pandemia venham a se tornar mais elevados no território nacional a partir do mês de abril e permaneçam dessa forma até o mês de junho. A partir desse ponto, de acordo com Henrique Mandetta, haverá uma estabilização dos casos de coronavírus.
Ainda durante a entrevista coletiva na qual as informações foram fornecidas, o ministro da Saúde destacou que, atualmente, o órgão competente está trabalhando com números ascendentes, ou seja, que sempre crescem. Assim, o previsto é que ocorram “dias de estresse” entre os meses de abril e junho, conforme o destacado.
Na sequência, Mandetta afirmou que julho será um mês de platô, ou seja, uma espécie de estabilização no que se refere ao crescimento da doença no Brasil. Por sua vez, os meses de agosto e setembro vão representar uma queda nesses números, mas isso depende da construção de imunidade por parte da população que, segundo Henrique Mandetta, deve ser de pelo menos 50% para que essas expectativas sejam atingidas.
Devido ao fato de que o número de casos passará por um aumento em breve, o ministro da Saúde destacou que as medidas restritivas e os cancelamentos de grandes eventos devem se tornar ainda mais elevados entre abril e junho. Entretanto, Mandetta não forneceu detalhes a respeito desse endurecimento de medidas.
Histórico do coronavírus no Brasil
O primeiro caso no território nacional ligado ao coronavírus foi reportado ainda no dia 26 de fevereiro. De acordo com Mandetta, atualmente o Ministério da Saúde está acompanhando de perto toda a dispersão do vírus no Brasil, assim como a maneira como ele está impactando o país.
Esse acompanhamento ainda está sendo feito de forma conjunta com outros ministérios.
Ainda durante a sua coletiva de imprensa, Henrique Mandetta destacou que o governo federal criou o “gabinete da crise” para lidar com essa situação.
A quarentena também foi um tópico comentado pelo ministro da Saúde durante a sua entrevista. De acordo com ele, estão sendo estudados bloqueios e limitações relacionadas ao direito de ir e vir das pessoas. O motivo para que a discussão seja feita em parceria com outros ministérios está ligado ao fato de que essas limitações podem causar impactos em vários setores, como a segurança, a agricultura e também a logística nacional.