O direto-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, em coletiva para a imprensa nesta segunda (16), que há registro de morte de crianças causada pelo coronavírus. Esta foi a primeira vez que esta informação foi divulgada.

O vírus, no entanto, segundo a OMS, representa maior risco para indivíduos com mais de 60 anos ou com histórico de problemas de saúde como diabetes, hipertensão, ou condições como asma e bronquite.

Na quarta-feira (11), a OMS declarou a existência de uma pandemia, tendo em vista a existência de casos em 114 países.

Os primeiros casos tiveram início em dezembro de 2019, na China. A estimativa é de que 3,2% das pessoas infectadas morram.

O vírus é causador de uma infecção respiratória, com sintomas semelhantes ao da gripe, como febre e fadiga, além de tosse seca. Cerca de uma semana após a contaminação, a pessoa pode sentir falta de ar e há casos, embora raros, também de manifestação de diarreia.

De acordo com estudo realizado pela OMS com 56 mil infectados, 80% deles desenvolveram apenas sintomas leves, como febre, tosse e pneumonia leve. Outros 14% apresentaram falta de ar e dificuldades de respirar, enquanto 6% chegaram a desenvolver problemas sérios, como insuficiência pulmonar e choque séptico.

A recomendação é que a pessoa procure atendimento em hospital apenas no caso de dificuldades respiratórias e sintomas mais graves.

No caso de manifestações mais leves, deve permanecer em repouso e isolada, pois o vírus tem alta capacidade de contágio e pode ser transmitido por via aérea e pelo contato.

O período de incubação (da contaminação até aparecerem os primeiros sintomas) pode variar de 5 a 15 dias e, mesmo nesse intervalo de tempo, o vírus já pode ser transmitido.

Como se prevenir

Além de restringir o contato com outras pessoas para o mínimo possível, a higienização constante é uma das principais formas de evitar a doença.

Lavar as mãos com sabonete em água corrente, esfregando-as por cerca de 15 a 20 segundos, e usar álcool 70% (líquido ou gel), além de manter as superfícies limpas do ambiente em que se está, são medidas importantes de prevenção.

Não é necessário o uso de máscaras cirúrgicas, a não ser no caso de a pessoa apresentar coriza, tosse ou espirro, a fim de evitar que outras pessoas entrem em contato com seus fluídos. E de nada adianta utilizar máscara e manter o contato físico com outras pessoas, como apertar as mãos ou, ainda (algo comum entre quem não tem o costume de fazer uso dessa máscara), descobrir o nariz.

Sendo um vírus novo, ainda não há eficiência na imunidade do organismo contra ele e isso torna o contágio ainda mais rápido. Essa alta capacidade de proliferação é o que assusta as autoridades, pois o excesso de casos ao mesmo tempo pode sobrecarregar ainda mais os hospitais.