Um novo estudo realizado num hospital fez exames do ar que circula por suas alas e obteve como resultado a revelação de que o Covid-19 consegue viajar no ar por até quatro metros. Embora os estudos preliminares apontem essa capacidade do vírus de viajar, os resultados apresentam que esse vírus mais distante não seria necessariamente infecioso.

O estudo foi realizado por cientistas chineses e os resultados foram publicados na última sexta-feira (10) publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) através do periódico da Emerging Infectious Diseases.

A discussão entre os pesquisadores sobre a transmissão da doença é bastante assídua, enquanto uns acreditam que isso justificaria a crescente escala de transmissão outros afirmam que a essa distância as pequenas quantidades encontradas não são necessariamente infecciosas.

Os cientistas chefiados pela Academia de Ciências Medicas Militares de Pequim colheram amostras do ar e das superfícies de uma das unidades de tratamento intensivo e da ala regular dos pacientes com COVID-19 do Hospital Huoshenshan, situado na cidade chinesa que deu origem ao coronavírus (Wuhan) e descobriram que houve maior concentração do vírus nos pisos das alas, assim como nos mouses de computador, maçanetas, latas de lixo e grades de camas, além das solas dos sapatos da equipe médica da UTI.

Para a equipe que fez as análises as solas dos sapatos funcionavam como portadores do COVID-19.

Segundo os pesquisadores e autores do periódico, gotículas finíssimas do vírus podem ficar suspensas no ar com uma distância de até quatro a oito metros e podem ser transportadas pelo ar por várias horas. Contudo, nenhum dos funcionários do hospital onde foi realizado a pesquisa foi contagiado. Nesse sentido, fica provado que as medidas de prevenção ao serem realizadas de forma adequada são bastante eficazes no combate a propagação do coronavírus (Covid-19).