Neste domingo (29), o presidente Jair Messias Bolsonaro cogitou assinar um decreto que visa permitir que todas as profissões voltem a ativa. Segundo o presidente, as medidas restritivas que estão sendo impostas por ministros e governadores de alguns estados devido à pandemia do coronavírus causará um forte impacto na economia do país.
A paralisação do comércio e a livre circulação de pessoas possibilita a manutenção da economia. Segundo o presidente o isolamento social está levantando uma onda de desemprego e consequentemente irá prejudicar os trabalhadores informais no sustento de suas famílias.
Bolsonaro faz visitas a alguns locais do Distrito Federal
Bolsonaro afirmou que não sabe se irá fazer, mas destacou que está com vontade de baixar um decreto em que solicita a volta dos profissionais as suas atividades, sejam eles formais ou informais. A declaração foi feita assim que o presidente chegou ao Palácio da Alvorada neste domingo (29). Bolsonaro retornava de algumas visitas que tinha feito em alguns locais da capital federal, verificando situações de postos de combustíveis, mercados, farmácias e padarias.
O presidente levantou um decreto em que permitia a abertura das lotéricas do Brasil, contudo a decisão foi derrubada judicialmente. Em relação ao decreto que visa a volta dos trabalhadores às ruas, o presidente informou que irá recorrer ao órgão judicial se decida pelo decreto.
E, salientou que irá recorrer no decreto que solicita o funcionamento das lotéricas e declarou que irá iniciar 'uma guerra de liminares'.
Segundo Bolsonaro, não há necessidade para que exista o isolamento. Para o presidente esse isolamento deve ser utilizado por pessoas que se encontram no grupo de risco como pessoas acima de 60 anos ou que tenham em sua Saúde algum fator de risco.
A posição do presidente vai contra todas as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde de Henrique Mandetta, e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que orienta o isolamento social da população. Os demais países do globo uns mais atrasados que outros estão seguindo as orientações de autoridades e especialistas.
Num discurso mais rígido, o presidente afirmou que, também, pretende salvar vidas, mas que todos ‘iremos morrer um dia’.
Mandetta critica carreata e pede cautela na volta ao trabalho
O Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, afirmou que a quarentena vertical está por enquanto descartada e que as carreatas que estão acontecendo após o pronunciamento do presidente Bolsonaro não chegou em boa hora. E justificou que tal decisão poderá acarretar numa superlotação nos hospitais, neste caso ‘vai faltar para o rico e para o pobre’, completou o ministro.
Na última sexta-feira (28), o presidente cobrou ao Ministério da Saúde mudanças nas orientações e maior flexibilização nas medidas de isolamento por causa do coronavírus. Segundo Mandetta, o país não pode parar de vez, mas também, não pode voltar todo mundo as ruas. Bolsonaro classifica o Covid-19 como uma ‘gripezinha’ ou ‘resfriadinho’ para minimizar o pânico da população frente a pandemia.