Um estudo revelou que comer rápido pode ser mais prejudicial à Saúde do que se imagina. E não só a ingestão rápida de alimentos, como também a respiração acelerada e beber líquidos em demasia em um curto intervalo de tempo.

A pesquisa elaborada na Nova Zelândia reuniu diversos estudos que corroboram para esta conclusão. Assim, a pesquisa apontou que a ingestão acelerada de alimentos implica na substituição do efeito de saciedade do cérebro. Ou seja, o corpo consegue ingerir ainda mais do que se comesse devagar.

Além disso, outros estudos também apontaram outros dois problemas referentes à ingestão rápida de líquidos, bem como a respiração acelerada, que podem ser muito prejudiciais ao organismo.

Isso se torna preocupante devido aos inúmeros casos de obesidade que têm crescido no mundo. O número de estudos envolvendo obesidade cresceu em demasia. E, junto a eles, inúmeras pesquisas envolvendo os malefícios de hábitos impróprios para o corpo.

É o que trata um estudo na Universidade de Osaka, que complementou a pesquisa neozelandesa, e adicionou mais dois significantes fatores que são recorrentes maus hábitos do cotidiano: respiração acelerada e beber depressa.

Comer rápido: um mau hábito do corrido cotidiano

A pesquisa da Universidade japonesa ponderou o monitoramento dos hábitos alimentares de mais de 3 mil voluntários. A descoberta apontou que 84% dos homens que comiam mais rápido do que o indicado “normal” estavam mais propensos à obesidade.

Enquanto isso um estudo publicado no Journal of the American Dietetic Association ainda sustentou os pesquisadores japoneses. Uma vez que fora descoberto que mulheres entre 40 e 50 anos de idade, e que comem mais rápido que as demais, estão mais propensas à obesidade.

Segundo apurado nas pesquisas, os nervos enviam dois sinais distintos ao cérebro.

Um é o aviso de que o estômago está em expansão, e o segundo é que, no mesmo instante, um hormônio – denominado ghrelin – envia a mensagem de que o corpo está faminto. Somente após 20 ou 30 minutos, após o início da refeição, que o corpo começa a receber a mensagem de saciedade.

A Universidade de Medicina da Carolina do Sul, em paralelo ao estudo da Universidade japonesa, ainda apurou que comer rápido pode imperar no surgimento de refluxo ácido do estômago.

O estudo mostrou dados bastante preocupantes que apresentaram dados baseados na ingestão de uma refeição com 690 calorias em apenas cinco minutos, e não em 30 minutos, por exemplo. Cerca de metade dos participantes apresentaram episódios de refluxo ácido. Isso provocou uma sobrecarga do ácido clorídrico do estômago.

Respiração acelerada também pode ser prejudicial

Comer rápido faz mal para a saúde, e isso já deu para perceber. Após inúmeros estudos, é possível perceber que vários malefícios são acometidos ao corpo se o indivíduo decidir economizar tempo na alimentação. No entanto, há outra atividade que é de costume realizar com devida pressa, muito devido ao corrido dia a dia que o século XXI exige.

Adultos saudáveis costumam realizar de 10 a 14 respirações a cada 60 segundos. Entretanto, diversas pessoas quase dobram esse número, chegando a bater quase 30 respirações por minuto. Isso é deveras preocupante, pois pode levar a sensação de falta de ar, palpitação cardíaca, cansaço, perda de foco, síndrome do intestino irritado e ainda formigamento nas extremidades do corpo, como mãos e pés.

A Six Physio, localizada em Londres, realizou uma pesquisa em que analisou este tipo de problema. Os sintomas iniciais são relatados por pessoas que costumam inspirar pela boca, ao invés do nariz, que é o correto. Essa “substituição” do canal de respiração acaba promovendo queda nos níveis de CO2 no sangue.

O resultado? O oxigênio não é liberado para os músculos e demais órgãos, enfraquecendo o indivíduo.

Bebendo muito rápido

O risco do consumo de álcool é sempre avisado. Entretanto, assim como comer rápido, beber depressa é um risco imenso ao organismo. Para quem costuma sair, curtir a noite tomando uma cervejinha e comendo leves petiscos com os amigos. Bom, isso não é um problema. Pode ser até saudável, segundo alguns especialistas afirmam.

No entanto, o risco é o consumo rápido de álcool. A carga rápida dessa substância a qual recebe o corpo, sem tempo suficiente para que o organismo consiga processá-la, pode ter seus efeitos ainda mais nocivos para o corpo.

A pessoa pode sofrer uma queda de pressão, desmaiar e ficar embriagada mais rápida do que o normal, e com uma quantidade muito inferior de bebida.

E pode ser ainda pior, visto que o corpo pode não suportar a quantidade e sucumbir a um coma alcoólico induzido. São todas possibilidades, das mais brandas às mais perigosas.

Especialistas explicam que as pessoas processam o álcool em taxas diferentes seguindo organismos diferentes. Ou seja, varia segundo o gênero, altura, peso e até mesmo etnia. Contudo, a regra geral é que o fígado suporta o processamento de uma unidade de álcool por hora. Cinco unidades de álcool, por exemplo, equivalem a uma ou duas taças de vinho.

Portanto, assim como comer rápido, ingerir bebida alcoólica com pressa ou respirar aceleradamente podem representar um problema ao organismo. É sempre bom prestar atenção aos hábitos. Isso porque eles chegam despercebidos, e costumam permanecer inquietos, até que os problemas provocados sejam, em muitos casos, irreversíveis.