Os números do coronavírus vem aumentando consideravelmente em diversas partes do mundo nos últimos dias, como é o caso do Brasil, que vem emergindo como um novo epicentro do coronavírus.

Coronavírus na China

Recentemente, médicos chineses notaram que o coronavírus tem se manifestado de maneira diferente entre pacientes de um novo foco da doença na região Nordeste do país, em comparação com o surto inicial que aconteceu em Wuhan, na província de Hubei.

A mudança soou uma alerta entre os médicos chineses que, segundo a agência Bloomberg, alertam através de dados que o vírus pode estar em mutação de forma ainda desconhecida pela ciência, situação que complicaria os esforços de Saúde para contê-lo e posteriormente eliminá-lo.

De acordo com um dos médicos chineses especializados em cuidados intensivos, Qiu Haibo, alguns pacientes nas províncias de Jilin e Heilongjiang estariam portando o coronavírus por um período maior do que é tido como normal até o momento, e os testes de coronavírus que eles teriam feito teriam demorado para darem negativo.

Atraso para diagnosticar coronavírus

Ainda segundo Qiu, em entrevista a uma TV estatal da China, este atraso em mais de duas semanas para apresentar sintomas após o contágio pode dificultar a identificação dos casos pelas autoridades responsáveis e fazer com que o contágio a outras pessoas se alastre de uma maneira maior.

Ainda segundo o médico chinês, este período mais longo teria ainda criado focos de infecções familiares, ressaltando que nas últimas semanas, 46 novos casos fora registrados em Shulan, Jilin e Shengyang, e, por isso, este novo surto fez com que medidas de confinamento retornassem nas regiões que contam com 100 milhões de pessoas.

Os cientistas chineses não possuem considerações certeiras sobre o coronavírus, e se o vírus, de fato, passa por uma grande mutação, já que, por estarem surgindo casos em menor proporção, a observação destas mudanças podem estar surgindo por poder observar pacientes de forma mais detalhada do que no surto inicial, quando o sistema de saúde chinês ficou sobrecarregado de tal forma que os casos graves eram preferidos a outros e tratados nos hospitais da China.

Entretanto, mesmo que não haja comprovações certeiras se há ou não mutação, os chineses encaram estas modificações de maneira atenta, já que os resultados podem dificultar os esforços tomados pelo governo para reabrir o comércio, retomar a economia e conter a propagação do vírus.

Especialistas negam mutação de coronavírus

Diversos pesquisadores de todo o mundo têm estudado se a possibilidade do vírus sofrer mutações é real e se ele, conforme a contaminação cresce, se tornaria mais contagioso, porém, as pesquisas preliminares em relação a este assunto foram taxadas por diversos especialistas como exageradas.