Ainda no último domingo (07), o Ministério da Saúde chegou a divulgar dados diferentes a respeito do número de mortes por Covid-19 no Brasil. O número de infectados também passou pelo mesmo tipo de divulgação por parte do órgão citado.
De acordo com informações publicadas pelo G1, o governo federal chegou a ser questionado a respeito da diferença dos dados citados. Entretanto, até o presente momento, ainda não emitiu um posicionamento ou deu qualquer tipo de explicação referente ao ocorrido.
Segundo o site citado, ainda no primeiro balanço veiculado pelo Ministério da Saúde, o Brasil havia registrado 1.382 mortes relativas ao novo coronavírus em 24 horas.
O número em questão fazia com que o total de óbitos no país chegasse a 37.312.
Entretanto, posteriormente, um segundo boletim foi divulgado no painel oficial do órgão citado. De acordo com esse segundo relatório, ocorreram 525 mortes no Brasil e, portanto, os óbitos chegavam a 36.455 no total. Dessa forma, existe uma diferença de 857 mortes entre os dois balanços relativos às últimas 24h.
Além disso, é possível destacar que, segundo os dados do G1, o número de casos também foi divulgado da mesma forma descrita anteriormente. Nesse sentido, enquanto o primeiro balanço do Ministério da Saúde apontava para 12.581 casos no Brasil, o segundo indicava 18.912 casos. Conforme os dados citados, no primeiro cenário tem-se 685.427 casos de Covid-19 confirmados no território nacional; enquanto no segundo cenário tem-se 691.758 casos.
Ministério da Saúde muda a forma de divulgação
De acordo com o G1, desde a última sexta-feira (05), o Ministério da Saúde realizou mudanças no que se refere à divulgação dos dados ligados à pandemia do novo coronavírus. Assim, alguns dados já consolidados deixaram de ser apresentados pelo órgão em questão.
Posteriormente, no último sábado (06), o presidente da República, Jair Bolsonaro, destacou que o governo federal passou a utilizar um novo sistema para veicular as informações ligadas à pandemia.
Segundo Bolsonaro, as rotinas e fluxos foram adequados como forma de assegurar uma extração mais eficiente dos dados diários.
Ainda durante a sua declaração, Bolsonaro chegou a afirmar que isso implicaria em um período de espera pelos dados estaduais e também para uma checagem dessas informações. Assim, como forma de evitar que ocorressem subnotificações e possíveis inconsistências, o Ministério da Saúde passaria a divulgar tais informações às 22h, permitindo que todo o processo descrito acontecesse de forma mais completa.
Também nessa ocasião, Bolsonaro declarou que com a divulgação nos horários antigos, entre 17h e 19h, as subnotificações eram mais arriscadas e, dessa forma, os fluxos seriam padronizados para se adequar e garantir melhor precisão.