É possível que a vacina contra o coronavírus esteja disponível até o final deste ano, informou a cientista e professora da Universidade de Oxford Sarah Gilbert, em entrevista à Radio BBC. Ela, no entanto, deixou claro que depende de três situações relevantes para que a produção seja desenvolvida em larga escala: demonstrar que ela funcione em testes avançados, fabricação de grande quantidade das doses e que os órgãos reguladores licenciem a vacina para uso emergencial.

Vacina apresenta resultados promissores

A vacina experimental, licenciada pela AstraZeneca, produziu resposta imune em ensaios clínicos de estágio inicial.

Testes em estágio avançado estão em andamento no Brasil e na África do Sul e devem começar em breve nos Estados Unidos.

"O crucial é que tenhamos um número suficiente de pessoas expostas ao vírus que também tenham a vacina para que possamos ter um julgamento adequado sobre se ela evita a doença e permanece segura", disse à BBC John Bell, professor de Medicina da Universidade de Oxford.

"Estamos esperançosos, particularmente por causa das baixas taxas de incidência no Reino Unido, de que os indivíduos recrutados no Brasil e na África do Sul serão, em última instância, capazes de fornecer os dados", completou.

No início deste mês, Sarah informou que 8 mil voluntários foram recrutados para se submeterem à fase 3 de testes da vacina AZD-1222.

Essa urgência para o desenvolvimento da vacina foi impulsionada pelo receio da pandemia se intensificar no hemisfério Norte no período de inverno. Por esse motivo, Joh Bell alertou que as pessoas se imunizassem contra o vírus da gripe para evitar o "pandemônio" em hospitais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a AstraZeneca é uma forte candidata a ter a vacina aprovada ao combate a Covid-19, mas deixou claro que ainda há um longo caminho a percorrer.

Até o momento, não há nenhuma vacina que foi aprovada para imunizar a população global.

Além da Zeneca, o laboratório chinês Sinovac Biotec enviou uma carga da vacina contra o vírus a São Paulo, onde será testada em 9 mil voluntários, através de uma parceria com o Instituto Butantan, que realizará os testes, segundo o governo paulista.

Agora nos resta aguardar o resultado final dessa longa espera de uma vacina para combater esse tão temido vírus que está assolando a humanidade. A maioria das pessoas já se habituou ao uso das máscaras, mas ainda têm aquelas que demonstram alguma resistência, não só ao uso delas como também ao isolamento social.