Embora muitas pessoas e órgãos públicos não estejam levando a variante ômicron muito a sério, a OMS (Organização Mundial da Saúde) resolveu alertar para os perigos que a nova cepa do coronavírus oferece.
Segundo a organização, a doença está sendo considerada branda, porém, está matando muitas pessoas pelo mundo e deve ser avaliada como mortal.
De acordo com estudos realizados recentemente, a ômicron tem menos probabilidade de deixar as pessoas gravemente doentes do que as variantes anteriores do coronavírus. Contudo, a velocidade com que o vírus se espalha é muito maior, e isso tem deixado os sistemas de saúde sobrecarregados, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O aumento de casos pelo mundo
Só nestes últimos dias, os Estados Unidos registraram mais de um milhão de pessoas infectadas com Covid em menos de 24 horas.
Segundo a OMS, os casos de coronavírus pelo mundo aumentaram em 71% na última semana –100% no continente americano. Contudo, as pessoas que estão entre os casos mais graves são especialmente as que ainda não se vacinaram contra o vírus.
O alto poder de contágio da ômicron
Para o diretor da OMS, embora a variante ômicron aparente ser menos grave, isso não quer dizer que deve receber classificação como branda.
Assim como cepas anteriores, essa variante também está levando as pessoas a serem hospitalizadas e também está matando.
O poder de contágio da ômicron é grande e pode infectar até mesmo as pessoas que foram totalmente imunizadas pela vacina.
Porém, mesmo assim, é preciso levar em conta que essa imunização ainda é essencial, pois fortalece o organismo para combater infecções que poderiam ser mais graves.
Os sistemas de saúde em níveis críticos
Na Europa, o número de casos segue em alta. Só no Reino Unido, nesta última quinta (6), houve mais de 179 mil novos casos registrados e cerca de 231 mortes relacionadas à Covid.
Os hospitais no país estão declarando estado crítico, devido ao grande número de pacientes e a falta de funcionários.
O ministro da saúde da França, Oliver Veran, confirmou que os pacientes da variante ômicron estão ocupando os principais leitos nos hospitais, enquanto isso, a delta enche as UTIs. Nesta quinta foram relatados mais de 260 mil casos novos no país.
Na Sérvia, não há um cenário muito diferente. De acordo com o presidente Aleksandar Vucic, o país está em um estado também crítico, com mais de 9 mil casos registrados na quinta.
Em um apelo recente, a OMS pediu para que os países agilizem as vacinas, principalmente nos mais pobres. Segundo o diretor da organização, com o ritmo com que o processo de vacinação está ocorrendo, cerca de 109 nações não conseguirão cumprir a meta estipulada.