Conforme definição do dicionário “Infopédia” a língua de um determinado povo ou país tem as suas próprias características, tais como léxico, regras da gramática, fonética, etc., podendo definir um indivíduo, período de tempo ou até mesmo um movimento cultural.

Tal fato não é diferente, por exemplo, com a língua grega ou língua helênica, idioma autônomo da família linguística indo-europeia, originária das regiões Sul dos Bálcãs, oeste da Ásia Menor e ao redor da porção do Mar Mediterrâneo chamada de Mar Egeu.

O idioma grego abrange 34 gerações com registros escritos; sendo que, uma das hipóteses mais aceitas é que o alfabeto grego teve início a partir dos escritos fenícios.

Com o passar dos séculos, a língua grega foi o arcabouço para a formação dos alfabetos cirílico, latino, copta, entre outras estruturas de escrita.

A língua grega foi demasiadamente importante para a formação do continente europeu e do próprio mundo ocidental, pois consolidou o desenvolvimento do cristianismo do 1º século em diante; há obras literárias redigidas em grego de extrema importância mundial, como a Ilíada e a Odisseia.

A filosofia ocidental teve os seus textos escritos em grego como os diálogos de Platão e as obras de Aristóteles. Até mesmo as Escrituras Gregas Cristãs ou Novo Testamento da Bíblia foram registradas no grego “koiné” (significando “comum” ou falado por quase toda população da época).

Regiões inteiras banhadas pelo Mar Mediterrâneo e o Império Bizantino falavam o grego. Na atualidade é a língua oficial da Grécia e de 2/3 da ilha de Chipre, além de ser uma das 23 línguas declaradas da União Europeia. Aproximadamente 13 milhões de indivíduos pelo mundo falam o grego com fluência.

Há milhares de raízes (prefixos, sufixos, etc.) de palavras gregas em inúmeros outros idiomas, principalmente nos segmentos da ciência, astronomia, matemática e medicina.

Além da Grécia e de Chipre, a língua grega é falada em regiões específicas da Itália, Albânia, Armênia, Ucrânia, Egito, Bulgária, Turquia e demais países que receberam fortemente os gregos da diáspora como Austrália, estados Unidos e até o Brasil.

A título de esclarecimento o idioma grego moderno foi considerado como oficial na Grécia somente em 1976, uma vez que antes disso língua oficial era o grego “katherévoussa”, uma vertente do grego clássico oriunda do grego bizantino.

Foi na pessoa do poeta Kostí Palamás e na cidade de Atenas, que os debates da reforma linguística grego teve início ainda no século XIX.

Como já dito acima, acredita-se que o alfabeto dos gregos nada mais do que uma variante do semítico, o qual entrou na Grécia através dos mercadores fenícios.

Vale frisar que o grego foi inovado com a inserção de vogais posteriormente no seu alfabeto como o Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Ypsilon, resultando no somatório dinâmico do alfabeto grego com outros variados alfabetos semíticos com o passar dos séculos.

Fato é que a língua grega tornou-se profundamente harmoniosa e cheia de melodia, falando sobre a história, mitologia e realizações do povo helênico que tanto contribuiu e contribui à humanidade.