A besta, também conhecida como balestra, é uma arma utilizada no período da idade média, entre os séculos 5 e 15, na Europa, e é similar a um arco e flecha comum, com a diferença que possui gatilho, e em modelos mais modernos e sofisticados, até mesmo mira de precisão.
Essa era uma das armas encontradas pela Polícia com os dois atiradores que na manhã desta quarta-feira (13) atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, localizada no município de Suzano, na Grande SP, que deixou nove mortos, incluindo os dois autores do crime, que se suicidaram no local.
A besta, pode ser adquirida facilmente em sites de comércio online, por preços que variam, bastando apenas a pessoa possuir cartão de crédito e ser maior de idade.
Informações sobre a besta
Trata-se de uma arma letal, pois seu disparo possui uma enorme pressão. Na internet é possível encontrar alguns vídeos em que, dependendo do modelo da besta, o tiro da flecha tem a capacidade de atravessar o tronco de um coqueiro.
A besta ou balestra foi uma das armas pioneiras criadas para a caça e também já fez parte do arsenal de exércitos em guerras da idade média. Mas geralmente as pessoas utilizam esse tipo de arma para caçar e pescar, uma vez que esse armamento é extremamente letal, mas não é uma arma de fogo.
O funcionamento resume-se no acionamento de uma corda elástica que lança a flecha com muita pressão no seu alvo, bastando para isso apertar o gatilho.
A tragédia na escola de Suzano
De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, Marcelo Salles, os dois ex-alunos da escola e autores do ataque, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, utilizaram um revólver calibre 38 no atentado.
Segundo a Polícia Militar, os dois criminosos iniciaram o ataque em uma loja de veículos, que fica localizada bem próxima a escola, local onde o tio de um dos suspeitos foi baleado. Em seguida os dois estacionaram um veículo Ônix branco em frente a escola e entraram pelo portão da frente do colégio, que estava aberto. Eles chegaram disparando vários tiros, que acertaram a coordenadora pedagógica, um funcionário e seis estudantes.
Tudo ocorreu no horário do recreio dos alunos.
Do lado de fora da escola, o governador de São Paulo, João Doria, contou à imprensa ter visto as cenas mais tristes da sua vida. Ao ser informado do ocorrido, o político cancelou toda a sua agenda do dia e seguiu de helicóptero para o local, acompanhado de outras autoridades.