Pesquisa eleitoral é um questionamento feito ao eleitor sobre a sua opção a respeito dos candidatos que concorrem em uma eleição.

Os principais institutos trabalham através de amostras que representam a totalidade de um determinado grupo e esboçam uma tendência e um comportamento dele.

Em um ambiente de quase 150 milhões de eleitores, a possibilidade de ser entrevistado é baixíssima, embora a metodologia das pesquisas ateste que um número pequeno de pessoas pode representar, com grande exatidão, todo o eleitorado, junto com a intenção de votos.

Esta ordenação segue um sistema de cotas proporcionais à população com base em dados fornecidos pelo IBGE e TSE.

O Instituto Datafolha utiliza a variável de paridade sobre a faixa etária e sexo para colher os dados. O Ibope utiliza cotas proporcionais de sexo, idade, grau de instrução e grau de dependência econômica. Já o Instituto MDA aborda gênero, idade e renda familiar.

O período a ser analisado poderá ser levado em consideração. Pode abranger apenas o primeiro turno ou incluir o segundo, se a rejeição será pesquisada e se a popularidade do candidato deverá ser mensurada.

O ambiente da pesquisa eleitoral também deverá ser considerado e pode ser verificado por país, estado, município ou região. Quanto mais elaborado, maior será a amostragem. A proporção de moradores de capitais ou de cidades do interior também é considerada na formação da amostra.

Estes institutos de pesquisa não priorizam a quantidade de pessoas entrevistadas, mas a sua representatividade na seleção implicada e, embora existam dúvidas quanto ao método utilizado, na maior parte das vezes, os institutos têm mostrado um resultado eficaz, especialmente quanto mais próximo for a data da eleição.

Por último, utiliza-se um programa informatizado para compilar e calcular os dados obtidos que mais tarde será utilizado para a obtenção do resultado da pesquisa baseando-se na estratificação desta amostragem.

Diferença entre enquete e pesquisa

As pesquisas têm um caráter científico e são direcionadas às pessoas que representam um determinado grupo que se quer conhecer.

As enquetes não têm nenhum controle de quem vai responder. São criadas em sites ou páginas e correm o risco de receber respostas de forma desproporcional no que se refere a um grupo específico.

Portanto, seus dados tendem a ser distorcidos.

A importância das pesquisas eleitorais

Em eleições muito disputadas, é comum que os militantes e candidatos revidem o resultado das pesquisas eleitorais e é comum que partidos políticos encomendem suas próprias pesquisas antes de tomar decisões e se posicionem da melhor forma durante o combate. As pesquisas são fundamentais para a estratégia da campanha, desde a escolha do candidato até a melhor forma de comunicação dele com seus eleitores.

Para certificar-se que uma pesquisa foi realmente feita, basta uma consulta no TSE. Todas as pesquisas relacionadas ao assunto são registradas nos bancos de dados da Justiça Eleitoral.

Margem de erro em uma pesquisa eleitoral

Cada instituto tem sua forma de mensurar a margem de erros de uma pesquisa, que costuma ter uma variação de um a quatro pontos percentuais.

Os institutos se baseiam em dois métodos para esta medição: o primeiro, chamado de espontâneo, é quando o eleitor sabe em que candidato vai votar, sem o entrevistador mencionar as opções, e o segundo, o estimulado, quando o entrevistador oferece as opções de nomes para o interlocutor.

Qual o tipo de candidato que deve fazer parte das pesquisas

Primeiramente, os institutos testam possibilidades, ainda sem a definição da escolha dos candidatos, em diferentes ambientes eleitorais. A partir do momento que os candidatos se registram do TSE, a Lei Eleitoral obriga os institutos de pesquisa a divulgar uma lista contendo todos os nomes que requereram a sua inclusão. Desta forma, todos os candidatos relacionados deverão ter seus nomes contidos nas pesquisas.