A Praia do Forte localiza-se no litoral norte da Bahia, num aglomerado turístico que se estende via terrestre pela linha verde, ligando o estado ao vizinho Sergipe.

A pequena vila sofreu diversas mudanças ao longo do tempo, sem perder no entanto suas características essenciais. Berçário da história do Brasil, santuário de aves e de espécies marinhas, roteiro de praias paradisíacas e do Turismo de luxo, a Praia do Forte é um manancial do patrimônio histórico e cultural brasileiro.

Castelo Garcia D’Ávila

A história de Praia do Forte data desde a colonização do Brasil está associada à Fortaleza Garcia D’Ávila, que compõe um dos mais relevantes e significativos monumentos pertencentes ao patrimônio cultural e histórico do país.

O local caracteriza-se como uma residência militar, sendo a primeira do Brasil. De modo análogo, é considerada a única construção de características medievais do gênero encontrada nas Américas.

O “Castelo” ou “Casa da Torre” foi edificado pelo mestre de armas português Garcia d’Ávila, entre os períodos de 1551 e 1624. Segundo dados, a Capela de São Pedro dos Rates é considerada a parte mais antiga do monumento. A fortaleza localiza-se na Colina de Tatuapara, um dos pontos mais altos da região, com vista para o mar. Tinha como intuito proteger o local, bem como, armazenar as mercadorias que chegavam, pelo mar, à costa da colônia, e que posteriormente eram distribuídas nos portos de Salvador.

No entorno do Castelo foi se formando um povoamento, que dava início ao que se tornaria no futuro, a Praia do Forte, como a conhecemos.

Em 1835, com a extinção do regime dos morgados, o castelo foi abandonado. Em 1938, o conglomerado foi tombado pelo IPHAN. No entanto, foi somente em 1980 que as obras de recuperação do monumento tiveram início, transformando o Castelo na fundação Parque Histórico Garcia D’Ávila.

A Casa da Torre se transformou num verdadeiro patrimônio turístico, recebendo anualmente milhares de visitantes de todo o mundo.

Há um museu no local, cujo acervo varia entre peças indígenas e de escravos a louças portuguesas, recuperadas durante as escavações realizadas pelo Iphan. Visitas guiadas permitem uma melhor percepção da narrativa histórica expressa em suas ruínas.

O local está aberto para visitação de quarta a domingo, das 10 às 17h. A entrada varia entre R$15,00 (meia) e R$30,00 (inteira).

A Vila turística de Praia do Forte

Até a década de 1970, a região que compreendia a Praia do Forte concentrava uma vila de pescadores que viviam da pesca e da mariscagem. O desenvolvimento turístico local se deu somente após a chegada do alemão Klaus Peters, empresário e grande defensor do turismo ecológico. Tanto, que a vila abriga um parque de preservação com o seu nome.

Mas, as reais mudanças implementadas pelo alemão, se deram mediante a fundação do Praia do Forte Eco Resort, em 1985. Nesse mesmo período da história, Salvador passa a se conectar à Mata de São João - município ao qual pertence a Vila de Praia do Forte - através da ampliação de Rodovia BA-099.

Um novo momento do turismo na região se inicia, com a construção de condomínios e hospedagens de luxo, que se misturavam com a simplicidade presente no estilo de vida dos moradores locais.

Proteção e consciência Ambiental

Para quem aprecia o ecoturismo, Praia do Forte oferece inúmeras opções de lazer. Mas, não somente isso. Aqui é possível aprender e interagir com as espécies animais de maneira livre e consciente.

Iniciativas como o Projeto Tamar, fundado na década de 1982, quando os primeiros pesquisadores do Projeto Tamar chegaram, permitiram a comunidade ir florescendo aos poucos, de modo sustentável, possibilitando realizar conjuntamente com os moradores, os trabalhos necessários para a proteção das tartarugas marinhas que vinham se reproduzir na região

O Instituto Baleia Jubarte é outro exemplo. Fundado no ano de 2004, abrange uma área total de 3.500m2 e é cercado por jardins de plantas nativas, que permitem ao turista e visitante uma verdadeira experiência de imersão no universo das baleias-jubarte.

Esse projeto viabiliza a compreensão e a necessidade de preservação dessas espécies, que entre os meses de julho a agosto, transitam por essas costas.

A Reserva Ecológica da Sapiranga é outro espaço de preservação ambiental, contando com 600 hectares de Mata Atlântica, sendo o habitat natural de diferentes espécies de plantas e flores nativas. Cascatas, lagos e riachos, também se distribuem pela reserva, que constitui um verdadeiro paraíso para os amantes do ecoturismo e do turismo de aventura, com opções de caminhadas ecológicas, passeios de bicicleta, buggy ou quadriciclo.

Por ser uma localidade de referencial internacional do turismo, a Praia do Forte é considerada extremamente segura para visitação. As medidas de segurança estão sendo encaradas com muita seriedade por aqui.