Já ouviu falar em família “dura na queda”? Aqueles membros que rompem a barreira da longevidade quando completam 90 ou chegam aos 100 anos de idade?
Em alguns casos, noticia-se o sucesso de pessoas que sonham em fazer uma faculdade ou voltam aos bancos da escola para aprender, pelo menos, a escrever o próprio nome. Lá pelos 50, 60 anos ou mais além.
O incrível passa por uma história de um homem de 72 anos que completou a faculdade de cinema e artes da mídia. Pois esta foi a trajetória dos últimos quatro anos de um americano que mora no estado da Geórgia (EUA).
Seu nome é Sam Kaplan.
Ele acabou de concluir sua primeira graduação. A cerimônia de formatura ocorreu no último dia 25 de maio. Porém, o Georgia Gwinnett College recebeu uma convidada mais do que ilustre para prestigiar o veterano. A mãe de Sam, Virgínia Kaplan, estava lá, presente e emocionada com a conquista do filho.
Como tudo começou
A decisão de Sam voltar aos bancos escolares vem de uma propaganda veiculada no rádio. Foi nesse meio de comunicação que ele ouviu sobre a abertura de vagas no curso que, posteriormente, escolheu.
Mas o interesse não foi repentino: Sam revelou que gosta de escrever e contar histórias. Inclusive já publicou dois livros. Com esse talento, acreditou que poderia potencializar suas narrativas em roteiros direcionados para filmes e produções cinematográficas.
Faltava uma ponte, uma ligação entre esses dois mundos.
Isso veio ao seu encontro, há quatro anos, quando ele tinha 68 anos: ele conta que dirigia por uma estrada e ouviu o anúncio. A próxima saída era a cidade de Colinsville e, de acordo com ele, “cinco minutos depois, estava me matriculando na aula”.
A disponibilidade do curso “caiu como uma luva” nos planos de Sam, pois ele mesmo reconhecia que precisava de mais conhecimentos específicos nas áreas visual e escrita.
As voltas que a vida dá
A última vez que Sam pisou numa escola foi em 1969, quando terminou o ensino médio. De lá para cá, ele não se interessou em prosseguir os estudos numa universidade. Preferiu formar uma família –aliás, é pai de cinco filhos.
Para sustentá-la, ele trabalhou em vários empregos, como motorista de táxi, administrador de serviços de limpeza e até em telemarketing.
Em relação ao transcorrer da graduação, Sam afirmou que foi gratificante e desafiador. Estudar, ouvir os conteúdos dados pelos professores e interagir com gerações bem mais novas do que a sua trouxeram momentos de muita alegria, apesar das dificuldades enfrentadas.
Desafio superado, ele se sentia empolgado e orgulhoso de si aos 72 anos. Particularmente, seu ponto de auge foi a presença da mãe, Virgínia Kaplan, de 98 anos, na plateia. Por fim, estendeu sua felicidade e gratidão ao ver outros 650 alunos se formando.
Virgínia disse que estava extremamente orgulhosa de seu filho, satisfeita com a conquista dele e destacou a superação dos obstáculos e a persistência de Sam.