Após participar da cerimônia de transmissão do cargo de comandante da Aeronáutica, ocorrida nesta sexta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que até o final do dia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, irá anunciar a possibilidade de redução da alíquota máxima do imposto de renda de 27,5% para 25%.

“O [Ministro] Paulo Guedes anuncia hoje também a possibilidade de diminuir a alíquota do imposto de renda”, disse Bolsonaro. “Porque o nosso governo tem que ter a marca de não aumentar impostos”, seguiu o presidente.

Aumento de IOF

Na mesma entrevista, Bolsonaro também disse que a alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) será aumentada.

Sem citar exatamente de quanto será esse aumento, o presidente disse apenas que será “fração mínima” e que ele servirá para compensar a prorrogação de benefícios fiscais para a região Norte e Nordeste, o qual classificou como “pauta-bomba”.

Assim, o chefe do executivo nacional, apesar de se colocar contra o aumento de impostos, se viu obrigado a reajustar tal tributação para não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Reforma da previdência

O presidente também teve que responder a questionamentos dos jornalistas sobre o projeto de reforma da Previdência. Sobre o assunto, Bolsonaro responde que pretende apresentar ainda neste mês um projeto de reforma ao Congresso Nacional, aproveitando partes do projeto enviado à Câmara pelo ex-presidente Michel Temer.

“Vamos aproveitar que está na Câmara. A última proposta minha é aproveitar”, disse.

Moro foi rápido

Bolsonaro também comentou sobre o Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro em autorizar o envio das Força Nacional ao Ceará, que vem sofrendo com ataques de facções criminosas. O presidente disse que seu ministro foi “muito hábil” e “muito rápido”.

Questionado sobre o fato do governador do estado, Camilo Santana, ser do Partido dos Trabalhadores (PT), Bolsonaro disse que jamais faria oposição de qualquer estado. “É o povo do Ceará que precisa de nós nesse momento”, destacou o presidente.

Deste da última quarta-feira (2), a capital do estado e várias outras cidades tem sofrido ataques de facções criminosas, que têm incendiado ônibus, tirado contra prédios públicos e delegacias, incendiado lojas e até mesmo explodido uma bomba debaixo de um viaduto, que corre o risco de desabar. Até a manhã desta sexta-feira (4), 40 pessoas haviam sido detidas.