O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta quarta-feira (18) que o Governo, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, irá criar um cupom com valor financeiro temporário para ajudar trabalhadores informais e pessoas desassistidas nesse momento de queda da atividade econômica devido ao coronavírus. Apelidado de "Coronavoucher", terá duração de três ou quatro meses e valor semelhante ao Bolsa Família [VIDEO] (em média R$ 130) ou o equivalente a duas cestas básicas (R$ 200).
Paulo Guedes já disse em outras ocasiões que também poderá aumentar o valor do Bolsa Família para que as famílias mais pobres possam comprar remédios e enfrentar o desemprego.
Coronavoucher disponível na Caixa Econômica Federal
O ministro adiantou que a distribuição do dinheiro acontecerá em até duas semanas e será feita pela Caixa Econômica Federal, sem nenhuma burocracia. Os funcionários do banco já estariam recebendo orientação e treinamento. A medida visa amenizar os problemas econômicos advindos da entrada do Coronavírus no Brasil, que está fazendo com que empresas reduzam suas atividades e está diminuindo a circulação de pessoas nas ruas --afetando a indústria, comércio e prestação de serviços.
Deverão ser beneficiadas 18 milhões de famílias, de acordo com o cálculo do ministro. A medida custará R$ 15 bilhões, ainda segundo Guedes. O total de dinheiro injetado de forma extra na economia será de R$ 147,3 bilhões, incluindo o coronavoucher, o saque do FGTS e o adiantamento da segunda parcela do 13º salário.
Como sacar o coronavoucher
Assim que o valor estiver disponível nas agências da Caixa, os interessados deverão comparecer em algum dos 26 mil postos de atendimentos do Banco e oferecer alguma identificação através de documento. O funcionário da Caixa checará se a pessoa possui algum outro benefício oficial, como o Bolsa Família ou BPC (Benefício de Prestação Continuada - que é uma renda para deficientes e idosos que não contam com a ajuda familiar).
Caso contrário, estará apto a sair da agência com o dinheiro.
Informal será recompensado com o coronavoucher
Em seu pronunciamento, Guedes falou que o presidente está sensível ao trabalhador informal que vende churrasquinho na esquina, e o ambulante que trabalha com mate nas praias, como exemplos. Com a orientação oficial para as pessoas ficarem em casa devido ao vírus, esse tipo de negócio está sofrendo drástica queda de vendas.
Além do coronavoucher, estado de calamidade pública
Outra medida anunciada foi a decretação de estado de calamidade pública em nível federal. Assim, o governo federal estaria desobrigado de cumprir com os objetivos fiscais, a lei de responsabilidade fiscal e poderia fazer compras e contratações sem licitações de forma emergencial para financiar ações que beneficiem a população mais vulnerável com as consequências da disseminação do vírus, além de outras medidas efetivas para combater o surto da doença. A medida será estudada pelo Congresso.