A Via Varejo, que detém importante participação no mercado de eletroeletrônicos, solicita a suspensão de aluguéis de mais de mil lojas, informa a agência Reuters. Em função do isolamento social, o comércio de inúmeras cidades brasileiras baixou as portas por determinações de prefeituras e governos estaduais.

A varejista sofreu queda de 50% nas receitas, de acordo com fontes consultadas pela Reuters. Os acordos, segundo a reportagem, são com os donos dos prédios em que estão as lojas. As negociações se estenderam aos shopping centers.

Se todos os donos de prédios aceitarem o acordo, a Via Varejo estima uma redução de R$ 80 milhões nas despesas.

A medida ajuda a empresa a combater a queda de receita, informou as fontes consultadas pela reportagem.

Acionista

Esse pedido se estende a Michel Klein. O acionista também é proprietário de imóveis que são alugados à Via Varejo. A queda nas vendas da Via Varejo atingiu os 70% no início das medidas de isolamento social.

Para abortar a queda nas vendas, o grupo empresarial disponibilizou aos colaboradores um software. Nele, os vendedores das lojas físicas podem efetuar as vendas online, consultando potenciais consumidores, via redes sociais.

A Via Varejo foi procurada para comentar o assunto, mas não quis se pronunciar.

Salvação

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, participou de uma live do banco, que foi transmitida pelo YouTube.

Ele admite que nem todas as empresas conseguirão sobreviver após a crise imposta pela covid-19.

Rial destacou que os modelos de previsão são capazes de prever o futuro dos Negócios e esclarece que o país deve passar por recessão.

O executivo ponderou. Na visão dele, o uso da ciência na tomada de decisões é um fator positivo nesse momento de crise.

Ele considera acertada a medida do governo em socorrer parcela da sociedade que enfrenta dificuldades de reação diante desse cenário. Alerta para os gastos em excesso em medidas desnecessárias e reforça que alguns setores da economia não devem achar que o contribuinte o responsável por salvar o negócio.

Diálogo

Rial reforçou o diálogo que o momento pede, evitando a judicialização de pendências que envolvem comércios, bancos, entre outros segmentos da economia.

Para ele, os conflitos, inclusive nas esferas judiciais, não são a melhor resposta para uma recuperação econômica.

Rial destacou, também, que se discute o uso de títulos de dívida para ajudar empresas de capital aberto e companhias aéreas. Para as empresas que não estão listadas na Bolsa de Valores, o executivo do Santander defendeu a busca de outras soluções para salvá-las desse período delicado da economia brasileira.