O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quinta-feira (16) que 1,3 milhão de empresas brasileiras encerraram suas atividades, de forma temporária ou definitiva, nesta primeira quinzena de julho.
O IBGE afirma que cerca de 716 mil empresas não irão mais abrir as portas. Os dados colhidos e divulgados fazem parte da pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas. O projeto foi lançado pelo IBGE na última semana.
Pandemia fecha definitivamente 39,4% das empresas
A pesquisa revela ainda que empresas brasileiras que um terço das empresas brasileiras demitiu e que apenas 13% delas conseguiram ter acesso ao auxílio destinado pelo governo federal para manter o negócio e pagar os empregados.
Quase quarenta por cento do total de empresas que tiveram suas atividades encerradas afirmaram que o motivo para tal decisão foi devido à crise gerada pela pandemia da Covid-19. Segundo o IBGE, o impacto atingiu praticamente todos os setores econômicos, mas atingiu com maior gravidade o setor de prestação de serviços e as pequenas empresas, ambos fundamentais para a geração de empregos no país.
Ainda conforme a pesquisa, entre as 716 mil empresas que encerraram definitivamente suas atividades, independentemente do motivo, as de menor porte (715,1 mil ou 99,8%) foram as mais atingidas. Todas as empresas de grande porte ainda mantêm as portas abertas, apesar de relatarem que a pandemia está surtindo negativamente um forte impacto sobre os seus Negócios.
Empresa obteve efeitos positivos com a pandemia
O estudo revelou também que para 13,6% a pandemia da Covid-19 gerou novas oportunidades. A Unigel, empresa situada na cidade Candeias, no interior da Bahia, havia fechado as portas em 2016, devido à concorrência com o mercado asiático. Porém, frente à pandemia, a empresa viu uma oportunidade de abrir de forma imediata duas linhas entre os meses de julho e agosto deste ano.
A Unigel trabalha com chapas de acrílico e tem capacidade de produzir 1.000 toneladas, que serão usadas em estabelecimentos diversos, inclusive em supermercados, com a finalidade de impedir o contato entre clientes e funcionários nesse momento de pandemia. Segundo dados colhidos pela IstoÉ, a empresa almeja faturar na reabertura de suas linhas o valor de R$ 300 milhões.
Novas empresas que fornecem produtos e serviços úteis têm aberto as portas e tido um bom faturamento, além de gerar novos empregos. Se por um lado a pandemia tem tirado o emprego de muitos formais e informais, por outro tem acendido a chama dessas empresas que trabalham com descartáveis e dado novas oportunidades àqueles que estão desempregados.