Os níveis de investimentos no Brasil foram derrubados pela crise econômica gerada pela pandemia do advento do novo coronavírus (Covid-19), originário da cidade de Wuhan, na China. Contudo, investidores qualificados e com caixa visualizaram na crise uma oportunidade de longo prazo, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

Atualmente, um grupo que reúne fundos institucionais, family office e grandes grupos que já fazem presença em alguns setores do país, pretendem ampliar seus investimentos.

Esse grupo de investidores tem comprado fundos em setores que consideram estratégicos.

Entre eles estão os que tem mantido a demanda mesmo na recessão, ou por encontrarem ativos com preço baixo e que apresentam ótimas perspectivas no período pós pandemia.

Os segmentos de educação, Saúde, tecnologia, agronegócio e infraestrutura são os mais procurados na lista, tendo um maior destaque para a área de saneamento e telecomunicações.

O país vinha obtendo um número de fusões e aquisições elevado e acelerado no início de 2020, ainda no início da pandemia.

Fusões e aquisições começaram em 2020 com ritmo acelerado

O ano de 2020 começou em ritmo acelerado, mas desacelerou devido ao agravamento da pandemia ao longo dos meses. Foram 89 transações no início do ano, uma média de 68% a mais que os últimos cinco anos.

Mas de acordo com a PwC Brasil, que faz o monitoramento dos negócios anunciados, o ritmo nos negócios está sofrendo queda devido à pandemia.

A PwC Brasil informou à Folha de S. Paulo que, em abril passado, o índice de investimentos caiu 21% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com um total de 46 transações. Já em maio, o número começou a crescer, subindo para 59 transações.

Ainda segundo a análise, existe uma certa estabilidade quando comparado com o mesmo período em 2019.

Patamar de juros baixos 'veio para ficar', diz Júlio Erse

Segundo o diretor da Constância Invest, Júlio Erse, o patamar de juros atual ‘veio para ficar’ e, por isso, os investidores deverão se adaptar a esse tipo de ganho com o capital parado.

Apesar de o cenário de juros baixos ter derrubado a atratividade da renda fixa, há um maior estímulo para que investidores mais qualificados possam estar buscando outras alternativas na alocação de capital mais arriscado.

Portanto investidores que possuem caixa e são mais experientes no mercado de investimentos, podem ter uma visão estratégica para entender as premissas econômicas de alguns setores e ter, assim, uma recuperação de média e longo prazo mais interessante, como no segmento de infraestrutura.

Para o estrategista chefe da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira, é um momento para buscar o benefício nas grandes redes, visto que são dotados de maior eficiência na operação e consequentemente tem mantido o caixa.