Nesta terça-feira (1°), após o anúncio de Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a extensão do auxílio emergencial até dezembro com valor de R$ 300, parlamentares da oposição de uniram a centrais sindicais para mostrar repúdio ao projeto.

Os envolvidos afirmaram que irão agir no Congresso Nacional para que a medida provisória necessária para a mudança no valor não seja aprovada e que os beneficiários continuem a receber o auxílio emergencial no valor de R$ 600 –R$ 1.200 no caso de mães chefes de família.

Bolsonaro defende 'interesse dos ricos', diz Freixo

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), afirmou que o presidente Bolsonaro não decidiu pela resolução do problema imposto as famílias necessitadas assim como não ajuda a mudar o quadro de retração econômica em que se encontra o país.

De acordo com o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), o presidente Bolsonaro tem se inclinado aos interesses dos mais ricos e que tal posição é inconsequente para a economia e assume um papel desumano. Juntamente, com parlamentares da oposição, Freixo pretende conseguir votos na base do Governo para mudar a situação e enfrentar com mais disposição a calamidade pública e econômica através da manutenção do valor atual do auxílio emergencial de R$ 600.

CUT afirma que os R$ 600 evita maior queda do PIB

Segundo o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, o repasse de R$ 600 do auxílio emergencial é o principal responsável pela segurança na economia e, do contrário, a queda do PIB (Produto Interno Bruto) seria ainda mais danosa ao sistema financeiro do Brasil.

Com essa visão, Nobre salienta a importância da manutenção do valor de R$ 600 no benefício social.

Nobre ainda defende que reduzir o auxílio pela metade irá podar o poder de compra, o que irá impactar no consumo, potencializando assim a crise e promovendo uma retração ainda maior no PIB. Centrais sindicais rejeitaram a proposta de justificativa de redução do benefício e continuam a apoiar a extensão do valor de R$ 600 até dezembro, a fim de que, os mesmos contemplados continuem com o acesso ao consumo.

Sindicatos afirmam governo deve manter auxílio em R$ 600

Os demais sindicatos (Força Sindical, CTB, CSB, NCST, UGT) reforçaram o que o presidente da CUT justifica. Os sindicatos sinalizaram que é preciso considerar que os impactos sociais e econômicos provocados pela crise sanitária promovida pela Covid-19 estão se prolongando e trazem consigo efeito ainda mais danosos sobre as empresas e a dinâmica econômica e por este motivo o governo se ver no dever de manter o sustento da renda tal como está –no valor de R$ 600.

A Medida Provisória (MP) tem até 120 dias para ser aprovada pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados ou do contrário perderá a validade.