Nesta terça-feira (1º), após reunião no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram a extensão do auxílio emergencial. O benefício foi prorrogado em quatro parcelas de R$ 300.

A reunião desta terça contou com a presença de líderes do Governo, equipe econômica e parlamentares aliados a Bolsonaro.

Declaração do presidente

Durante a declaração da extensão do auxílio emergencial, Bolsonaro disse que reconhece que o valor estipulado em R$ 300 não é suficiente para todas as necessidades das famílias brasileiras, porém é um valor que basicamente atende à população.

Ele também afirma que o valor foi decidido hoje mesmo durante a reunião e que corresponde a 50% a mais do valor do Bolsa Família.

Ainda de acordo com Bolsonaro, o valor foi fixado em R$ 300 devido ao teto de gastos e à responsabilidade fiscal. Com a extensão de quatro parcelas, o auxílio segue até dezembro de 2020.

Primeiras cinco parcelas

O auxílio emergencial foi criado devido à pandemia do novo coronavírus no intuito de atender a população de baixa renda, assim como profissionais autônomos, desempregados e microempreendedores. Inicialmente o valor era de R$ 600, que seriam disponibilizados em 3 parcelas. A primeira fase do auxílio emergencial foi encerrada no mês de agosto.

Devido à permanência da pandemia e a dificuldade econômica, após pressão de opositores e da própria população, o governo já havia informado que o benefício seria estendido por mais tempo.

Contudo, o número de parcelas e o valor ainda não estava definido.

Valor de R$ 300

Devido às dificuldades econômicas ocasionadas pela pandemia e os gastos da União, a equipe de Paulo Guedes defendia um valor menor do auxílio. Guedes, por outro lado, pretendia estender as parcelas entre R$ 200 e R$ 270.

O presidente Jair Bolsonaro, porém, defendeu o valor de R$ 300, alegando que para as famílias que recebem o valor parece muito baixo, porém, para a União, que faz os devidos pagamentos, é muito dinheiro.

Durante a primeira fase do programa em que as parcelas foram de R$ 600 a equipe econômica de Guedes calculou um custo mensal aos cofres públicos de R$ 50 bilhões.

O auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus alavancou a popularidade de Jair Bolsonaro.

Reforma administrativa

Além da prorrogação do auxílio emergencial, Bolsonaro também informou que a equipe pretende encaminhar a proposta da reforma administrativa no máximo até a próxima quinta-feira (3). O presidente afirmou que a equipe realizou reajustes no texto para que nenhum dos servidores públicos atuais sejam prejudicados com a reforma.