Nesta quarta-feira (20), o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 2% ao ano, mas desfez o compromisso de não subir os juros nas reuniões seguintes, que ocorrem a cada 45 dias. Assim, a cada reunião o Copom estará analisando o cenário econômico de modo geral, podendo ou não elevar a Selic.

A decisão já estava sendo esperada pelos analistas de investimentos e, agora, os investidores deverão dar ainda mais atenção aos comunicados do Banco Central e aos juros daqui para frente.

Mínima histórica da Selic é mantida

A Selic é basicamente a taxa referência para muitos investimentos ligados à renda fixa. Ao ser mantida em 2%, os investidores continuarão a receber um menor retorno. Mas com as projeções atuais de aumento da Selic para os próximos dois anos, provavelmente haverá mais chances de melhores retornos. No entanto, os diretores do Banco Central frisaram que isso não irá implicar na alta da taxa em curto prazo, como deveria ocorrer em tese.

Segundo o Boletim Focus, publicado toda a segunda pelo BC, o ponto médio das expectativas do mercado aponta para uma taxa básica de juros de 3,25% ao ano no fim de 2021.

De acordo com Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco digital Modalmais, o Banco Central demonstrou que, ao manter os juros em 2% o máximo de tempo possível, a finalidade era de baratear o custo do dinheiro e estimular tanto pessoas físicas como empresas a tomar crédito e dessa forma incentivar a retomada da economia em meio à pandemia da Covid-19.