Nesta quarta-feira (10), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), salientou a importância da implementação de mais uma rodada do auxílio emergencial às famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade frente a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Em entrevista ao programa "Ponto a Ponto", da BandNews, Lira destacou que "R$ 200, R$ 300 por mês fazem muita diferença na vida daquela pessoa que está fora de qualquer cadastro único, à margem de todo o processo". Para o presidente da Câmara, essas famílias precisam de atenção, em especial, para que a alimentação não lhes falte.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que a União não dispõe de dinheiro para pagar as parcelas da nova rodada do auxílio emergencial que está sendo discutida nos últimos dias. Sua fala aconteceu durante uma reunião com prefeitos no Ministério da Educação. Em Alcântara (MA), Bolsonaro ainda afirmou que brasileiro quer trabalho, e não um país quebrado.

Lira defende auxílio emergencial

Uma das preocupações do Governo é assegurar a participação de investidores internacionais. Pensando nessa questão, Arthur Lira afirmou que o período de até quatro meses fornecendo o auxílio emergencial seria suficiente para que o Congresso possa votar matérias que garantam interesse dos investidores no país, contribuindo para geração de emprego e renda no Brasil.

Segundo Lira, o governo, Senado e a Câmara precisam encontrar o tempo e a maneira adequada para que seja fornecido o mais rápido possível o auxílio emergencial para alimentação da "população carente que está muito sofrida".

Lira propõe a reedição da PEC em benefício a nova rodada do auxílio

A reedição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi positivamente sinalizada por Arthur Lira, no que diz respeito ao Orçamento de Guerra, que foi colocado em execução durante o ano de 2020, devido ao rápido avanço da pandemia no país.

Com a reedição da PEC do Orçamento de Guerra, o governo Bolsonaro terá mais liberdade para tratar de assuntos referentes a mais uma rodada do auxílio emergencial sem que burle as normas fiscais. Isso se daria por meio da implementação dos créditos extraordinários.

Senado descarta criação de novo imposto para bancar auxílio emergencial

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informou nesta quarta-feira (10) que não há possibilidade de se criar um novo imposto que tenha a pretensão de bancar mais uma rodada do benefício. Segundo Pacheco, criações e extinções de impostos devem ocorrer no âmbito da reforma tributária.