A nova rodada do auxílio emergencial precisa ser aprovada para que a economia brasileira volte a crescer, mesmo que em valores menores destinados a um número específico de pessoas. Isso porque voltou a aumentar o índice da pobreza no Brasil após a queda na renda e consequentemente no consumo das famílias.

As projeções do Governo Bolsonaro em relação a epidemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil foram equivocadas e 2021 iniciou com falhas na recuperação econômica. Milhares de trabalhadores informais estão desassistidos sem uma política de apoio presente corroborando para a extensão das dificuldades relativas a saúde e a alimentação dos mais vulneráveis.

Governo Bolsonaro estima que auxílio emergencial saia em março

O governo já informou que o auxílio emergencial pode sair em março, mas até o presente momento não se tem aprovação da proposta elaborada especialmente por Paulo Guedes, ministro da Economia. O Ministério da Economia avaliou que a queda no número de casos de contagio da Covid-19 seria uma tendência atrelada à recuperação econômica. No entanto, a nova cepa do coronavírus surgiu e avança pelo território brasileiro drasticamente.

Com a expectativa do governo Bolsonaro, medidas preventivas não foram tomadas e a proposta de Guedes enviada ao Congresso precisa de alteração com a inclusão do artigo que trata da calamidade pública ou do contrário fornecer o auxílio emergencial poderá se configurar em um crime de responsabilidade fiscal.

Bolsonaro quer auxílio emergencial rebatizado e com parcelas de R$ 200

No início de 2021, Guedes chegou a afirmar que o benefício não seria necessário, mesmo que autoridades do Senado Nacional e Câmara dos Deputados afirmassem que a ocasião exigia permanência ou retorno do auxílio. Após pressões, o presidente Bolsonaro, afirmou que a retomada do auxílio precisava acontecer, mas que deveria ser rebatizado o benefício que deveria fornecer, apenas, R$ 200 aos mais vulneráveis.

Ao longo do ano de 2020, boa parte da população brasileira precisou parar as atividades e com isso o governo precisou criar o auxílio emergencial que representou um gasto de R$ 293 bilhões aos cofres públicos. Contudo, para 2021 o governo federal estima que o valor gasto seja de R$ 50 bilhões, onde haverá métodos restritivos para evitar que outras pessoas como militares e servidores recebam indevidamente o auxílio.

Unifesp e MPF detectam aumento da fome no Brasil

A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Luciana Rosa de Souza, afirmou ao jornal da Folha de S. Paulo que ‘está vendo a fome voltar’. Os dados surgiram de uma pesquisa feita pela Unifesp junto ao Ministério Público Federal que detectou que pequenos empresários das periferias da Região Metropolitana de São Paulo, assim como as famílias da região já sente de forma considerável os efeitos da ausência de políticas públicas para a classe.

Manifestantes se reúnem na Paulista por auxílio emergencial de R$ 600

Na última quinta-feira (18), a Coalizam Negra de Direitos organizou um ato, onde manifestantes se dirigiram até a avenida Paulista, em São Paulo, para realizar ato exigindo que o governo federal mantenha o auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)

O protesto ocorreu em frente ao Banco Central, onde seguram faixas enquanto o semáforo estava fechado.

Com o movimento público a PM foi acionada às 10h20, mas não houve interferência, visto que o ato seguiu pacificamente até 12h00.

Para a vereadora Elaine Minero do PSOL o auxílio emergencial e vacina de combate ao Covid-19 são pontos cruciais de luta. Ainda segundo Minero, "a população negra é a que mais sofre na pandemia".