O filósofo grego Sócrates, considerado “pai” da filosofia e da ética ocidental, ensinava que “O homem sábio pergunta, enquanto o homem ignorante responde”, deixando claro, para os jovens de sua época, quão belo é a arte de perguntar.

Segundo Sócrates, o questionamento é a ferramenta de trabalho de todo filósofo. O filósofo pergunta não porque quer ser chato, mas porque quer saber mais, quer aprender mais, quer ser mais. O filósofo não se contenta com o que está aí. Ele quer ir além, superar-se!

Só se aprende verdadeiramente por meio de perguntas.

O questionamento é essencial para a aquisição de novos conhecimentos. A arte de perguntar é o princípio da liberdade. Quem é educado por meio de perguntas torna-se cidadão.

Dessa forma, só há aprendizagem significativa quando a pessoa consegue elaborar as próprias perguntas. É preciso que as escolas brasileiras ensinem urgentemente a arte de perguntar. Não existe outra saída. Perguntar é libertar-se das marras do consenso.

Sócrates, enquanto filósofo, sempre fez perguntas. Perguntas que se tornaram modelos para muitos homens e que são, até hoje, difíceis de serem respondidas: Quem é o homem? Por que existo? O que é o belo? O que é o justo? E ele nunca se contentava com as respostas.

Infelizmente, atualmente as pessoas não gostam de quem faz perguntas.

Na verdade, as pessoas gostam mesmo é de respostas prontas. Vive-se a lei do menor esforço. No oráculo moderno Google encontra-se resposta para tudo, inclusive, para si mesmo.

Ao contrário de tudo isso, é preciso de uma Educação para o questionamento, para a contestação. É preciso dizer não para o status quo, para o politicamente correto.

Sócrates, o incansável questionador, pode ser um belo exemplo para os jovens de hoje.

Somente por meio de uma educação questionadora que se constrói espaços democráticos. À liberdade, os direitos fundamentais, à cidadania etc., são conquistas advindas da luta. Não se coloca remendo novo em tecido velho. Se colocar, o estrago será maior.

Sócrates pode ser considerado um belo exemplo para a sociedade atual. Ele, incansável perguntador, contribui com sua visão moderna de dever. Enquanto ser moral, o homem deve questionar tudo, principalmente os seus costumes. Do contrário, fica difícil achar um sentido para tudo quanto há, para à vida. O fato é que devemos questionar tudo, inclusive: Quem sou eu? De onde eu vim? Para onde eu vou? Qual o sentido da vida? Sobre pena de não sermos felizes.