A Educação à Distância (EaD) ganha destaque em tempos de isolamento social. Um dos estabelecimentos de ensino público a adotar a modalidade é o Instituto Federal de Rondônia (IFRO), que oferece 29 cursos gratuitos pela rede mundial de computadores nas áreas de empreendedorismo, informática, jogos eletrônicos e internet.
A pandemia deixa fora das salas de aula cerca de 60 milhões de estudantes. A Educação à Distância recebe o apoio do MEC. Praticamente é a única opção para manter alunos de escolas e universidades em atividade durante o período de quarentena.
Mas a medida também recebe críticas. Muitos alunos não têm acesso à Internet e o governo ainda não sinalizou para uma solução a estes estudantes.
Em Rondônia, os cursos oferecidos pelo Instituto utilizam vídeos e recursos comuns acessados na internet. O diretor de Educação a Distância do IFRO, Adonias Soares, explica que a instituição estimula professores e técnicos a produzirem cursos online para toda a comunidade.
Pernambuco tem Educação à Distância
Apesar das dificuldades, as iniciativas de Educação à Distância prosseguem. A professora da Universidade Federal de Pernambuco (campus Caruaru), Fabiana Moraes, é uma das que criaram cursos online. Ela diz que teve a ideia depois de perceber a angústia provocada pela paralisação das escolas federais.
Ela está a frente do curso intitulado Jornalismo Contemporâneo.
Apesar de apoiar o ensino pela Web, Fabiana Moraes critica o Ministério da Educação por desconhecer a realidade dos alunos de Pernambuco. Além do difícil acesso a redes de internet, quando conseguem onde se conectar os estudantes se deparam com conexões ruins que dificultam o aprendizado por meio de educação à distância.
Para vencer o problema, a professora criou uma solução off-line.
Uma lista para que os alunos recebam o material das aulas, toda a semana. O sistema também é possível fazer perguntas.
Alunos adotam a Educação à Distância
Por parte dos alunos, a iniciativa é um sucesso, tanto que as inscrições terminaram em apenas um dia, com 100 pessoas garantindo vagas. As aulas têm duas horas de duração, começando às 14h30, às segundas e quartas-feiras.
Neste período de quarentena, a procura por cursos online cresce entre os alunos. Como Gabriel Pedroza, que se inscreveu na primeira turma do curso de Fabiana. O objetivo dele foi ocupar o tempo durante o período de quarentena.
Outra aluna é Joana Suarez. Ela foi obrigada a paralisar uma pós-graduação depois que a Universidade Federal de Minas Gerais paralisou as atividades por conta do novo coronavírus. Ela resolveu cursar outros cursos pela rede.
Outras instituições oferecem cursos gratuitos online que vão desde o ensino de idiomas, técnicas de ensino, entre outros. É uma oportunidade para que todos possam aproveitar o período de isolamento social de modo construtivo.