O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) investe em acessibilidade digital para montar cursos a distância em função da pandemia e vai garantir uma continuidade no ensino a alunos cegos e surdos.

A instituição estima que mais de 230 mil estudantes com deficiência já passaram nos cursos nos últimos 13 anos. No desenvolvimento dessas ações para os alunos que têm alguma mobilidade reduzida, a longo prazo, podem ter acesso aos conteúdos dos cursos, igualmente como qualquer outro sem nenhuma deficiência.

Inovação para capacitação no Senai

Nos últimos tempos, com a pandemia da Covid-19, o PSI (Programa Senai de Ações Inclusivas) precisou ser inovado para continuar sua transformação da vida das pessoas com alguma deficiência.

Uma das novidades foi uma adaptação de vários cursos do Ensino a Distância (EaD) para alunos surdos.

O projeto apareceu depois que houve uma demanda das Federações, tanto de Rondônia, como do Acre, que precisaram se adaptar as suas plataformas digitais para os alunos com deficiência.

Por meio de um edital do ano de 2020, da Central de Tutoria e Monitoria, foi realizado em modo nacional para o gerenciamento dos cursos online. O Senai do Estado de Goiás foi escolhido para colocar o programa e adaptar o seu conteúdo. Essa unidade está desde o mês de julho com a iniciativa e tem o apoio do Senai Nacional.

A primeira turma com esse modelo de adaptação já começou na outra quarta-feira (16) e é uma parte das ações feitas pelo SENAI que comemorou o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência na segunda-feira (21).

O curso de qualificação profissional de assistente administrativo já conta com 9 alunos com surdez do Acre e 13 de Rondônia. Essas aulas também são acompanhadas por pessoas cegas e sem nenhuma deficiência e vão até o dia 9 de dezembro.

Adriana Barufaldi, que é gestora nacional do programa, faz um destaque dos esforços para uma inclusão educacional.

Segundo ela, o Senai vem fazendo um trabalho de garantir o acesso de todo mundo, sempre considerando a singularidade linguística de cada individuo, fazendo tradução dos pontos específicos da indústria.

Utilizando a tecnologia inclusiva, e com um glossário à disposição com termos técnicos em Libras, o formato digital é interativo e sempre aplica o método da acessibilidade no ensino curricular.

A ideia, segundo Adriana, é dar ao aluno com deficiência um maior aprendizado com bastante autonomia para as pessoas que estão entrando nos cursos, tornando-os mais acessíveis também em Libras.