Custou caro o deslize que o piloto Kyle Larson, que compete na nascar, deu na noite do último domingo (12), ao dizer um termo racista durante a transmissão de uma corrida virtual. Mesmo com as provas suspensas, em razão do novo coronavírus, a organização segue de olho em que seus membros fazem foram das pistas e o fato não passou batido.

Larson participava de uma corrida virtual com outras 60 pessoas e alguns colegas da Nascar. Durante um treino, momentos antes da corrida, ele acreditou que tivesse perdido a comunicação e ao testar o microfone disse: Can you hear me, nigger?”.

Na tradução literal a frase soaria como: “você pode me ouvir, preto (ou crioulo)?”.

Esse termo nos Estados Unidos é considerado de cunho pejorativo e racista e não demorou para a Nascar se posicionar pela atitude do piloto, a qual classificou como “intolerável”. Nesta segunda-feira (13), a direção da categoria informou que ele estava suspenso por tempo indeterminado e que ainda teria que participar de um treinamento que trata sobre diversidade. Curiosamente Larson é descendente de nipônicos.

Também na segunda, a Chip Ganassi Racing, que era a equipe do piloto disse que ele teve seus salários suspensos, além de repudiar publicamente a atitude de seu empregado. Além disso, ele também foi suspenso de participar da plataforma iRacing, que foi onde aconteceu toda a polêmica.

Demissão veio nesta terça-feira

Nesta terça-feira anunciou que Larson foi demitido da equipe e ainda perdeu seus principais patrocinadores. Com isso, mesmo que tenha sua suspensão pela organização da categoria revogada, o piloto está, por enquanto, a pé para quando as corridas forem retomadas.

A equipe disse em seu comunicado que o comentário que o piloto fez foram ofensivos e inaceitáveis e enquanto o time ainda continua avaliando a situação de todas as partes envolvidas, “ficou claro que essa (a demissão) era a única ação possível a ser tomada.

O time não informou qual piloto correrá no carro número 42 quando a temporada for retomada.

Piloto se desculpou nas redes sociais

Ainda na segunda-feira, Larson publicou um vídeo em sua conta no Twitter onde tentou se desculpar pelo ocorrido. Talvez já ciente as sérias consequências que viriam pela frente, ele disse que sente muito pelo que aconteceu e entende que o “estrago é talvez irreparável”.

Larson, de 27 anos, corria em tempo integral na Cup Series – principal divisão da Nascar -, desde 2014, quando assumiu a vaga aberta pelo colombiano Juan Pablo Montoya. Seu contrato com a Ganassi iria até o final da temporada e ele estava cotado para na próxima temporada assumir o carro nº 48 de Jimmie Johnson, Hendrick Motorspor, uma das mais renomadas equipes da categoria.