Atual vice-presidente geral do Fluminense, Celso Barros voltou a usar das redes sociais para criticar o momento do Futebol no clube. Em sua conta do Instagram, o dirigente, eleito na chapa de Mário Bittencourt com a promessa de ser responsável por gerir o futebol, mas que, há um ano, está afastado das funções, fez um balanço do trabalho de Marcão como técnico da equipe nos seus primeiros dois jogos e questionou a incoerência nas mais recentes decisões tomadas pela diretoria.

"Há dois jogos, Marcão fez a sua reestreia como técnico do Flu. Infelizmente os resultados não foram bons.

Disputamos 6 pontos e conquistamos 1. Aproveitamento de 17%. Que é inferior ao do último colocado na tabela (27%). Ele que teve o melhor aproveitamento entre os técnicos que dirigiram o time em 2019 e mesmo assim não foi mantido. Será que o presidente não confiava no seu trabalho? Então, de forma rápida foi contratado o Odair Hellmann que abandonou o barco, faltando ainda 14 jogos para o término do campeonato", escreveu Barros.

As críticas não pararam por aí. Segundo Celso Barros, há, por parte de profissionais do futebol e de pessoas do próprio Fluminense, um sentimento de pouca valorização da grandeza da agremiação. Ele levantou a dúvida sobre uma possível crise de credibilidade.

"O próprio Odair e alguns jogadores chegam, tem algum brilho e deixam o Fluminense rapidamente, tentando valorização financeira e também de crescimento na carreira, como se não fossemos um dos maiores clubes do Brasil.

Estaríamos nós vivendo uma crise de credibilidade?", questionou.

O vice-geral também citou as saídas precoces de atletas revelados na base do Fluminense e o investimento em jogadores experientes, tendo, a maioria deles, baixo ou nenhum retorno técnico.

"Ao mesmo tempo os jogadores jovens são rapidamente valorizados e vendidos, não trazendo para o clube resultados efetivos quanto a conquista de títulos no futebol profissional.

Do outro lado, jogadores com idade mais avançada declaram a todo momento que adorariam encerrar a carreira no Fluminense. E com todo respeito a eles, também não trazem nenhum beneficio, em relação ao aspecto técnico. Enfim, o futebol do Flu continua a mesma mesmice. Não há ousadia. Só os amigos do Rei são escolhidos", finalizou.

Mesmo ainda fazendo parte da gestão, Celso Barros é desafeto público de Mário Bittencourt, mas, por ter sido eleito pelos sócios, de acordo com o Estatuto do clube, só deixa o cargo de vice-presidente geral se for de vontade própria.

Restante da semana marca dois dias de folga

Após a derrota de 2 a 1 para o Atlético-GO na última quarta-feira, em Goiânia, o Fluminense só volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro no próximo dia 26 de dezembro, às 21 horas (de Brasília), no Maracanã, contra o líder São Paulo e, apesar desse revés, a programação, divulgada por parte da assessoria de imprensa do Tricolor das Laranjeiras, mostra dois dias de folga.

Nesta quinta-feira, acontece a viagem de retorno ao Rio de Janeiro.

Na sexta, haverá um treinamento e, na sequência, o grupo só retorna aos trabalhos na segunda-feira.

Para o compromisso diante do São Paulo, o técnico Marcão não contará com o volante Hudson o meia Paulo Henrique Ganso, ambos punidos pelo terceiro cartão amarelo. Outro possível desfalque é Luccas Claro. O zagueiro se lesionou no início do jogo contra o Atlético-GO e será reavaliado. Em contrapartida, o meia Yago Felipe e o atacante Wellington Silva retornam após cumprirem suspensão automática.

Somando 40 pontos, o Fluminense ocupa, atualmente, o sétimo lugar no Brasileirão, mas, se o Santos derrotar o Vasco no domingo que vem, em São Januário, cairá uma posição no certame. Além disso, havendo vencedor entre Internacional e Palmeiras no confronto de sábado, em Porto Alegre, ficará ainda mais distante da luta por uma vaga na Taça Libertadores da América de 2021.