Manifestantes surpreenderam soldados venezuelanos e atacaram um posto do Exército da Venezuela na fronteira com o Brasil, em Pacaraima (RR), no começo da noite deste sábado (23). Os militares da Venezuela reagiram minutos depois com gás lacrimogênio.
Além da fronteira com o Brasil, a situação também é alarmante na fronteira da Venezuela com a Colômbia. O dia "D" para que a entrega dos alimentos e medicamentos pudesse acontecer foi tomado por diversos conflitos e mortes. A oposição busca levar até à população toneladas de alimentos doadas por diversos países para que amenize a situação precária do povo venezuelano.
Entretanto, Maduro teme que essa entrada de ajuda humanitária seja apenas um disfarce para que soldados americanos possam invadir o país.
Resumo deste sábado (23)
Conforme as informações do portal G1, o sábado começou com as fronteiras fechadas por determinação de Nicolás Maduro. Dez caminhões lotados de alimentos e medicamentos acabaram ficando parados na fronteira da Venezuela com a Colômbia aguardando uma oportunidade para entrar no país.
Dois caminhões que estavam em Boa Vista chegaram a entrar no terreno venezuelano, mas depois, retornaram para o lado brasileiro após impedimentos.
Um ônibus chegou a ser incendiado na cidade de Ureña, que fica próximo à fronteira da Colômbia. Nesta cidade, militares acabaram abandonando seus postos e pedindo asilo.
Maduro discursou para vários apoiadores e disse que não aceitava receber nada de graça desses países. Ele chegou a dizer que a comida doada é "podre". Sobre os alimentos do Brasil, o ditador venezuelano comentou que pode comprar quando quiser e que tem dinheiro para isso. As relações com a Colômbia também foram cortadas.
Mais confusões
No fim da tarde deste sábado, um caminhão foi incendiado e a carga saqueada. Manifestantes atacaram guardas venezuelanos com coquetéis molotov e pedras. Vários ficaram feridos.
Caminhões ficaram um bom tempo aguardando uma oportunidade para entrarem no território venezuelano. Pessoas queriam abrir de qualquer jeito a fronteira para que a ajuda humanitária chegasse ao seu destino.
No final do dia, os caminhões que estavam nas fronteiras acabaram sendo retirados.
Um representante do Exército Brasileiro alertou que soldados venezuelanos estavam disparando com armas de fogo contra manifestantes. Ainda não se tem informações se há feridos em situação grave.