A situação da Venezuela alcançou um novo episódio recentemente, a partir da disputa de poder no país, entre o ditador Nicolás Maduro e o presidente encarregado, que é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional, Juan Guaidó. Vale ressaltar que a Venezuela atravessa uma séria crise econômica e política, com altos índices de pobreza e miséria.
Para se denotar quão grave se encontra a situação do país, a crise energética também faz parte da realidade do país vizinho ao Brasil.
Crise energética e apagão durante coletiva de Maduro
Na última sexta-feira (08), mais um exemplo de que a situação energética é crítica no país vizinho, ocorreu durante uma coletiva do presidente Nicolás Maduro.
Durante um pronunciamento em transmissão às emissoras de televisão venezuelanas, uma falha elétrica interrompeu a coletiva no palácio Miraflores, em Caracas, capital do país.
Durante a transmissão, o ditador venezuelano comentava a respeito da ajuda humanitária ao país, quando, de repente, a sala ficou literalmente às escuras. A emissora de televisão VTV chegou a cortar a transmissão ao vivo. Entretanto, a falha elétrica ocorrida acabou afetando diversas partes da cidade de Caracas e do estado de Miranda. A Corporação Elétrica Nacional, que é o órgão responsável pelo sistema de energia venezuelano, não se manifestou para informar quais teriam sido os motivos que ocasionaram a falha no sistema de energia do país.
No entanto, o Governo venezuelano assegura que não estaria enfrentando uma crise energética. Porém, essa não teria sido a primeira vez que uma falha elétrica tivesse interrompido um discurso de Nicolás Maduro. Vale ressaltar que os apagões acabaram se tornando um problema comum em toda a Venezuela.
A própria mídia local venezuelana reportou que, no mês passado, dois pacientes faleceram em um hospital da capital Caracas, devido à falta de energia.
Na ocasião, ambos se encontram em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e os aparelhos médicos de caráter vital para a manutenção da sobrevivência dos pacientes, se desligaram durante um longo apagão no país. A grave crise venezuelana já acarretou, inclusive, reuniões no Conselho de Segurança das Nações Unidas e também, na OEA (Organização dos Estados Americanos).
Vários países do mundo buscam uma solução conciliatória para que possam frear os conflitos internos. Entretanto, apesar de Nicolás Maduro ter o apoio da maior parte das Forças Armadas do país, o mesmo vem perdendo apoios nesse segmento da sociedade, enquanto o governo provisório do presidente encarregado, do oposicionista Juan Guaidó, vem assumindo papel de protagonismo perante à comunidade internacional.