Após os ataques que ocorreram na Nova Zelândia na última sexta-feira (15), quando um atirador abriu fogo em duas mesquitas na cidade de Christchurch, os donos de armas do país começaram a entregar voluntariamente seu armamento e munições às autoridades responsáveis.

O governo do país está em processo de mudança das leis a respeito de um controle mais rigoroso da posse de armas. Isso se deve aos crescentes pedidos da população para que exista um controle mais rigoroso. Após o massacre às mesquitas ficou ainda mais evidenciado a necessidade dessas alterações da lei.

Com o impacto causado pelo massacre, muitos neozelandeses se encontram em estado de choque e decidiriam de forma voluntaria que entregariam suas armas às autoridades. Dessa forma a Polícia tem comunicado aos cidadãos para que entrem em contato com as delegacias para sejam informados a melhor forma se transportar suas armas que serão entregues. A estimativa para o número de armas no país é bem alta, cerca de 1,1 milhão de armas de fogo no país, o que se torna ainda mais assustador quando analisado que existe uma arma a cada quatro habitantes .

O crime em Christchurch ocorreu na última seta-feira (15), quando o atirador Breton Terrant invadiu uma mesquita após iniciar uma transmissão ao vivo através do Facebook, onde se pode ver os minutos de terror vivido pelas pessoas que estavam no local.

Ele deixou pelo menos 50 pessoas mortas. Breton se identificava como defensor da extrema-direita e contra a imigração.

Mudança em relação a lei para armas

A primeira-ministra dos país, Jacinda Arden, confirmou que seu gabinete se encontra inteiramente unido e determinado em relação a mudanças das leis para a regular o porte de armas do país.

Um questionamento dos cidadãos que ela aponta são as facilidades para que se obtenha armas semiautomáticas, como uma das usadas no ataque às mesquitas, mas ela não afirma se a reforma irá buscar a proibição do porte desse tipo de arma.

Jacinta relata que no momento existe uma comissão especial para revisar os fatores que culminaram no ataque, incluindo os deslocamentos do australiano Terrant e suas atividades no país a fim de determinar se houveram padrões de comportamento da parte dele.

Ela ainda anunciou que o governo da neozelandês irá contar com um ato de nível nacional em memória das vítimas do atentado, ainda não se tem uma data de quando irá acontecer.As imagens relacionadas ao atentado ainda continua a serem removidas das redes sociais. Arden ainda pede que sejam tomadas medidas para evitar a incitação de ódio nas redes.