Nesta quarta-feira (3), a imprensa norte-americana informou que o escritório de advocacia Andrus Anderson deu entrada com a documentação necessária no Tribunal Superior do condado da cidade de Los Angeles, representando legalmente duas funcionárias do Walt Disney Studios. Elas estão processando a empresa por discriminação nos pagamentos de salários entre homens e mulheres.
As funcionárias, chamadas LaRonda Rasmussen e Karen Moore, segundo alegação nos autos, realizam os mesmos serviços que os homens e estão ganhando menor valor de remuneração.
Os advogados pedem pagamentos retroativos
O processo requer a restituição de benefícios não recebidos, pagamentos retroativos e alguns tipos de compensações econômicas para ambas colaboradoras. Além disso, pede em juízo que a empregadora crie programas internos de recursos humanos para "amenizar os efeitos das atuais e anteriores políticas ilegais de emprego", ajustando os benefícios e salários para as mulheres e formando um grupo de trabalho para acompanhar dados estatísticos sobre as melhorias nessa questão.
Uma das advogadas ainda disse que as mulheres são tratadas como mão de obra mais barata e que espera que esse processo revela a real situação das funcionárias da Walt Disney. A gigante do entretenimento, por sua vez, alegou em comunicado que a ação não trata de fatos verídicos e que irá se defender com toda sua energia.
Funcionárias trabalham há anos na Disney
A funcionária LaRonda, no ano de 2017, já havia apresentado uma reclamação no setor de recursos humanos da Disney, pois na época já achava que recebia salário menor que os homens da empresa que realizavam os mesmos tipos de tarefas e serviços que ela, o que levou a solicitação de uma auditoria. Essa auditoria revelou que realmente, em vários casos, as mulheres da empresa ganhavam menos que os homens que realizavam as mesmas funções.
No entanto, a empresa declarou que o motivo das diferenças dos salários não era determinantemente por conta do gênero dos colaboradores. No ano de 2018 a Walt Disney aumentou o salário de LaRonda em US$ 25 mil, após uma suposta avaliação de "forças do mercado". Mesmo com esse aumento, ela continua a afirmar que ainda recebe menos que os colaboradores do sexo masculino.
A outra funcionária que entrou com o processo, Karen Moore, trabalha na empresa a mais de 20 anos, no cargo atual de administradora Sênior. Ela afirma que foi persuadida a não se candidatar a uma vaga, que posteriormente acabou sendo preenchida por um homem que ganha muito mais que ela, realizando as mesmas funções. O processo continuará seguindo seu rito no Tribunal Superior do condado da cidade de Los Angeles, onde foi iniciado.