O chefe da Guarda Revolucionária do Irã, criada em 1979, sofreu ataque americano no aeroporto em Bagdá nesta quinta-feira (2). Qassem Soleimani é um dos homens mais poderosos do Irã, atuou no posto de major-general da Corps-Quds Force por 30 anos. Era apontado como o principal estrategista militar geopolítico do país.

Segundo Washington, a Guarda Revolucionária do Irã era uma organização terrorista que tinha como "cabeça" Soleimani, principal estrategista que visava atacar americanos ao redor do mundo.

Ligado com o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, sobreviveu a várias tentativas de assassinatos ao longo de sua vida.

O impacto da morte do mais poderoso líder do Irã aumentará a tensão entre os Estados Unidos, Irã e Iraque. Assim, como tem aumentado o petróleo nas últimas horas, após a confirmação da morte do major-general Qassem Soleimani.

Nos últimos meses, diplomatas e militares americanos sofreram constantes ataques, culminando em mortes. Em respostas aos ataques que vêm acontecendo desde outubro de 2019, Trump ordenou a retaliação.

O bombardeio aconteceu no Aeroporto Internacional de Bagdá, cilminando na morte de pelo menos 6 pessoas, incluindo o chefe das Forças de Mobilização Popular do Iraque, Abu Mahdi al-Muhandis.

De acordo com o professor de relações internacionais da Universidade Federal do Rio de Janiero (UFRJ) Tanguy Baghdadi, o episódio deve desencadear uma resposta forte do Irã.

"Quando a gente tem um acontecimento como esse a tendência é que tenha um aumento sem precedentes no nível de tensão", disse em entrevista à GloboNews.

Pentágono se pronuncia

Em resposta ao ocorrido, o Pentágono afirmou que o bombardeio foi ordem direta do presidente Donald Trump, que culpou Soleimani pelas mortes de soldados, diplomatas e funcionários ocorridas no Oriente Médio.

Também ressaltou que o ataque teve o objetivo de evitar futuras execuções de planos de ataque iraniano por estratégias de Soleimani. Além de responsabilizá-lo pelos ataques do dia 27 de dezembro.

O Pentágono também afirmou que continuará tomando as medidas cabíveis para proteger o povo americano e seus interesses, “onde quer que estejam ao redor do mundo”, dos ataques iranianos.

Em seu Twitter, Trump postou a bandeira dos Estados Unidos da América, mas sem nenhum legenda, o que denota afirmação do que foi exposto em nota pelo Pentágono.

Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã, afirmou que a ação dos EUA foi de ataque terrorista extremamente perigoso.

Qassem Soleimani tinha 62 anos e era considerado um herói nacional que liderava a Guarda Revolucionária (espécie de exército paralelo) que responde ao aiatolá Ali Khamenei.