Na última quinta-feira (30), o jornal inglês The Sun revelou uma história bastante inusitada e também considerada como um engenho da Ciência.
Um homem britânico de 45 anos, chamado Malcolm MacDonald, perdeu seu órgão reprodutor por conta de uma grave infecção. Contudo, os médicos conseguiram o impossível: reconstruíram o membro de forma artificial e usaram a pele do braço do homem para isso.
Em entrevista ao tabloide, Malcolm, que trabalha como mecânico, contou que teve uma infecção séria no sangue em 2014. Este problema fez com que os dedos das mãos, dos pés e o órgão reprodutor ficassem escuros.
O caso foi tão sério que o membro sexual do homem caiu no chão. O trauma foi grande e Malcolm, que é pai de dois filhos e divorciado, enfrentou um grave problema de autoestima.
Homem ficou dois anos sem o órgão reprodutor
Por dois anos, Malcolm viu sua vida desmoronar por falta de confiança. Passou a beber muito e também se afastou de sua família e amigos.
Em 2016, entretanto, sua vida teve uma guinada, quando o médico David Ralph, especialista em reconstrução peniana pela Universidade de Londres, ofereceu uma alternativa para o problema.
A equipe do médico desenvolveu um projeto complexo e engenhoso, criando uma uretra sintética e instalando dois tubos infláveis, que permitem que o homem tenha ereção.
A prótese foi envolvida com o tecido do braço de Malcolm. Dessa forma, o resultado é uma aparência e sensação muito próximas de um pênis real.
Malcolm se tornou o primeiro homem do mundo a passar por esse tipo de procedimento.
Órgão será retirado do braço e transferido
Por enquanto, Malcolm está com um membro no braço e ansioso para que o apêndice seja transferido para o local correto.
O processo, entretanto, custa 50.000 libras e é financiado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS).
O mecânico apelidou o órgão no braço de "Jimmy" e admite ser engraçada a situação de ter um anexo no braço. “Claro que é loucura tê-lo no braço. Nem eu estou acostumado. Mas quando você pensa sobre isso é realmente incrível", declarou, com espanto, o homem ao The Sun.
As possibilidades de implante do órgão reprodutor e a inovação científica fizeram com que Malcolm se sentisse como uma espécie de super-herói. “Que eles possam me fazer um novo membro é incrível, mas o fato de eles construírem ele no meu braço é realmente alucinante. Parece uma história saída de quadrinhos de uma ficção científica realmente estranha. Mas é a minha chance de uma vida normal. Foi o primeiro passo para poder ir ao banheiro e até ter intimidade com alguém", declarou o mecânico.
Esta primeira experiência de reimplante pode ser o início de grandes evoluções no que diz respeito à reposição de órgãos perdidos. Vale lembrar que a questão não é somente estética, já que os cientistas também se preocuparam em devolver a função fisiológica do órgão.