Nesta quinta-feira (10), um grande incêndio atingiu Beirute, capital do Líbano. Um mês após a grande explosão que deixou rastros de destruição na cidade, um armazém que continha pneus e óleo para motores pegou fogo. As informações foram divulgadas pela agência Reuters e fornecidas por uma fonte das Forças Armadas do país.

O fogo surgiu de maneira inesperada na zona franca portuária e novamente a cidade foi tomada por uma gigantesca coluna de fumaça. Segundo informações, as causas do incêndio ainda são desconhecidas.

Corpo de Bombeiros

O chefe da equipe de Corpo de Bombeiros que atua nas buscas, Michel el-Murr, concedeu uma entrevista ao jornal inglês The Independent no qual relatou que as unidades já solicitaram reforços e que eles não conseguiram identificar até o momento o que realmente está queimando, que até o momento as tentativas são de tentar apagar o incêndio que é de grande proporção.

A imprensa local divulgou imagens em que a equipe do Corpo de Bombeiros tenta combater o fogo onde alguns armazéns e silos, que eram usados para a reserva de grãos, já haviam sido totalmente destruídos na trágica explosão que ocorreu em 4 de agosto deste ano.

Relembre a explosão

No dia 4 de agosto uma forte explosão destruiu uma área de Beirute localizada próxima ao porto. O incidente resultou na morte de 191 pessoas e deixou em torno de 7 mil feridos.

A causa da explosão foi um estoque de grande quantidade de nitrato de amônio que estava mantido em más condições de armazenamento há alguns anos. Calcula-se que o porto armazenava 2.750 toneladas do produto.

As consequências da explosão foram além das mortes e pessoas feridas.

As autoridades relataram que o prejuízo em danos chegou à US$ 15 bilhões, pois o porto da cidade de Beirute era responsável pelo recebimento de 70% dos produtos alimentícios destinados ao Líbano, sendo o maior e principal porto do país.

Protestos

O incidente também foi marcado por uma grande onda de protestos que levaram à renúncia do primeiro-ministro Hassan Diab, assim como de alguns membros do então governo e a dissolução do seu gabinete.

Em um anúncio, o primeiro-ministro declarou que as explosões configuravam uma corrupção endêmica e que ele renunciaria ao seu cargo no intuito de caminhar junto ao seu povo. Ainda de acordo com o ministro, seu desejo era de alcançar todas as mudanças sonhadas pelos libaneses, no entanto, um meio que não utiliza formas corretas dominam o Líbano causando um muro entre os desejos do governo e a realização de mudanças efetivas.

Hassan Diab declarou também que foi acusado insistentemente de corrupção por um determinado grupo de pessoas, no entanto não mencionou a quem se referia.