A economista nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, de 66 anos, foi nomeada nesta segunda-feira (15) a nova diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ngozi exercerá a função de 1º de março próximo a 31 de agosto de 2025.

Ngozi, que vai suceder no cargo o brasileiro Roberto Azevêdo, será a primeira Mulher a ocupar a chefia da agência internacional, fundada em 1995.

Ngozi estudou em Harvard

A economista nasceu na Nigéria, período em que o território encontrava-se dominado pelo Reino Unido. No ano de 1973, Ngozi mudou-se para os Estados Unidos, formando-se em economia na Universidade e Harvard.

No ano de 1981, Nigozi tornou-se PhD pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT).

Como Ngozi quer enfrentar a Covid-19

Ngozi acredita que a Organização Mundial do Comércio pode contribuir para amenizar a crise provocada pelo novo coronavírus. A OMC deve também assumir o compromisso de promover ações de enfrentamento às mudanças climáticas e suas consequências, como o aquecimento global, que vem aumentando a temperatura do planeta. A nova comandante do comércio global tem ainda a missão de reinstalar a confiança no sistema de cooperação internacional, desgastado ao longo de quatro anos do governo de Donald Trump nos EUA.

Negociação criou respeito à economista Ngozi

Como negociante, Ngozi é respeitada na Nigéria, por ter conseguido em 2005 diminuir valores de dívidas do país com o Clube de Paris, de um total de US$ 30 bilhões para US$ 18 bilhões.

De acordo com o site Poder 360, também em 2005, por interferência de Ngozi, o Brasil perdoou parte da dívida que a Nigéria tinha com o governo brasileiro havia 20 anos. De um total de US$ 152 milhões, foram deduzidos pelo Brasil US$ 85 milhões.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil parabenizou os países membros da OMC pela escolha da nigeriana.

A nota afirma que, como Roberto Azevêdo, Ngozi "apresenta a combinação de liderança política e capacidade técnica, fundamentais para lidar com os desafios que hoje enfrentam a OMC e o sistema multilateral de comércio".

O primeiro emprego de Nigozi foi em 1982, no Banco Mundial, pesquisando a economia de países em desenvolvimento.

Nigozi trabalhou durante 25 anos neste levantamento. No ano de 2007, foi empossada como gerente, ocupando o segundo cargo mais importante desta instituição. No ano de 2012, Nigozi participou de um processo para se eleger como primeira mulher e africana a presidir o Banco Mundial, porém foi eleito o médico norte-americano Jim Yong Kim, de origem sul-coreana.

Como ministra das Relações Exteriores, de junho a agosto de 2016, comandou ações melhorando a gestão macroeconômica do seu país. No período, a mulher forte da Nigéria implementou política fiscal orientada pelo preço do barril de petróleo. Valores excedentes à taxa de referência eram depositadas numa conta especial.