Na última semana, os Estados Unidos fizeram pressão para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) interrompesse as ameaças que tem feito às Eleições do próximo ano, além de também pedirem que a empresa chinesa Huawei não seja selecionada para operações 5G no Brasil. Segundo a agência Efe, a informação foi divulgada na segunda-feira (9) pelo diretor sênior para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Juan González, que fez uma visita ao Brasil na última quinta-feira (5). González fazia parte da delegação liderada pelo conselheiro de segurança nacional do presidente estadunidense Joe Biden, Jake Sullivan.
Direto ao ponto
No encontro com o ocupante do palácio da Alvorada, os representantes do Governo dos Estados Unidos deixaram claro a confiança que têm na capacidade das instituições do Brasil de realizarem eleições “livres e justas”. Em conversa por telefone com a Efe, González também enfatizou o quão importante é “não minar a confiança nesse processo”, especialmente quando não existem sinais da ocorrência de fraudes nas últimas eleições.
Jair Bolsonaro afirma que ocorreram fraudes no sistema de urnas eletrônicas e que a Justiça Eleitoral quer lhe prejudicar nas próximas eleições em 2022.
González assumiu que existem alguns paralelos com a situação ocorrida nos Estados Unidos em 2020, no que diz respeito a denunciar as eleições como não tendo validade antes de seu término.
Entretanto, o diretor negou que a delegação dos EUA tenha conversado com o mandatário brasileiro sobre as atitudes do ex-presidente Donald Trump, que levantou dúvidas sobre o sistema eleitoral dos Estados Unidos antes do final do pleito eleitoral de novembro do ano passado e posteriormente denunciou uma suposta fraude nas eleições, mesmo sem apresentar nenhuma prova.
Jair Bolsonaro foi um dos principais aliados do republicano que governou os EUA de 2017 a 2021. Bolsonaro fez críticas abertas ao então rival de Trump, o democrata Joe Biden, hoje presidente dos EUA.
Aproximação
A vinda da delegação americana ao Brasil foi uma tentativa de aproximar os dois países. Ainda que Sullivan e González tenham levantado outras questões, como a preocupação dos estadunidenses com a possível escolha do Brasil pela Huawei. O Brasil ainda não deixou claro se irá ter a empresa chinesa como parceira para implementar a infraestrutura de 5G no país.