O quarto dia do conflito entre Israel e o grupo Hamas trouxe uma dupla tragédia: a morte de jornalistas palestinos e um esforço acentuado de Israel para eliminar líderes do Hamas. As informações são do jornal O Globo.

Jornalistas palestinos mortos em conflito

Quatro jornalistas palestinos perderam a vida nesta terça-feira devido a bombardeios israelenses na cidade de Gaza, como resposta ao ataque arquitetado pelo Hamas. O Sindicato Palestino de Imprensa relatou que, com essas mortes, o número total de jornalistas palestinos mortos desde o início do conflito, no último sábado, chega a oito.

Manifestações de protesto ocorreram em Gaza para denunciar o fato de que jornalistas também estão se tornando alvos.

As vítimas recentes incluem Said al Taweel, diretor da agência de notícias Al-Khamisa; o fotógrafo Mohammed Sobboh; Hisham Nawajhah, correspondente de uma agência de notícias local; e Salam Khalil, que perdeu a vida junto com sua família quando sua casa no norte da Faixa de Gaza foi atingida por um bombardeio israelense.

Quem é Yahya Sinwar, líder do Hamas

Enquanto isso, Yahya Sinwar, líder do Hamas e considerado o número dois na hierarquia do grupo, enfrenta a ameaça de Israel. Sinwar, que governa a Faixa de Gaza há seis anos, é responsável pelo planejamento da Operação Dilúvio de Al-Aqsa, que resultou na infiltração de centenas de terroristas em território israelense, provocando a morte de mais de 1.000 pessoas, em sua maioria civis, e a tomada de 130 reféns.

Sinwar passou 23 anos em prisões israelenses, condenado a quatro penas de prisão perpétua, antes de ser libertado em 2011 em troca do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado pelo Hamas cinco anos antes. Com 61 anos, Sinwar é fluente em hebraico e dedicou seu tempo na prisão a estudar o inimigo.

Israel vem realizando uma série de assassinatos seletivos, mirando líderes do Hamas, como Sinwar, que se escondem em bunkers fortificados. A situação no conflito continua tensa, com desdobramentos imprevisíveis.