A presidente Dilma Rousseff é acusada pela oposição de crime de responsabilidade pela oposição ao governo. O cenário político no Brasil é completamente imprevisível. Até agora, o processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff segue na Câmara dos Deputados Federais e deve ser votado na semana que vem.

Fernando Henrique assinou cem decretos em 2001

"Se Dilma vai ser julgada por abrir quatro créditos complementares, FHC deve ser julgado pela assinatura de cem em 2001", afirmou o deputado federal Alessandro Molon do partido Rede. Mesmo com a assinatura de cem decretos complementares o ex-presidente FHC não conseguiu atingir a meta fiscal.

Em nenhum momento houve pedido de impeachment para Fernando Henrique Cardoso.

Impeachment é golpe contra a democracia

A base aliada e outros milhões de brasileiros, apontam que o pedido de impeachment representa um golpe contra a democracia brasileira. O pedido orquestrado pelo presidente da câmara, Eduardo Cunha que é réu e acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, possui inúmeras controvérsias e falácias em seu julgamento.

A primeira é que o pedido de impeachment não possui embasamento jurídico para ser julgado. A prerrogativa da oposição em alegar o crime de responsabilidade fiscal pela Dilma Rousseff não pode ser verificada. O gesto que a oposição ao governo aponta como crime de responsabilidade fiscal é a abertura de créditos complementares que visam atingir a meta fiscal estabelecida anteriormente.

E foi isso que Dilma fez ao assinar quatro decretos que autorizaram a abertura de crédito complementar. Assista o pronunciamento do deputado federal na comissão que analisa o pedido de impeachment:

Gesto semelhante fizeram também outras dezenas de políticos em todo o país. Só de governadores atuais, a lista de abertura de crédito complementar é de 14 governadores.

Michel Temer, vice-presidente assinou cinco decretos nas poucas vezes que foi presidente em exercício.

A votação do impeachment está prevista para o dia 17 de abril e deverá ser um espetáculo midiático com a cobertura da Rede Globo. Estará nas mãos de 513 parlamentares a favor, contra e indecisos, decidir o destino de mais de 200 milhões de brasileiros.