A primeira fase da votação do Impeachment já passou e foi desfavorável ao governo. O Brasil acompanhou o discurso de todos os parlamentares, que chocaram todo o país com tamanho despreparo na oralidade, na orientação do discurso e da fala, entre outras 'trapalhadas'. Teve deputada votando contra a corrupção citando o marido também político e prefeito de uma cidade mineira, acordando no outro dia com a Polícia Federal levando o marido. Muitos estudiosos e manifestantes nomearam a votação como um circo, outros disseram que carnavalizaram a votação.
Um dos discursos que mais chamou a atenção de todo o país foi do polêmico deputado Jair Bolsonaro, do PSC-SP. O deputado pediu saudações ao ''brilhante Coronel Ustra'', o militar foi torturador durante a ditadura militar e chegou a torturar a presidente Dilma Rousseff quando ela era militante Política e tinha apenas 22 anos.
Com essa fala, Bolsonaro gerou polêmica na votação e em toda a rede social. O fato mais curioso é que, por mais que o discurso do parlamentar seja misógino, antipolítico e viole direitos éticos, humanos e morais, Bolsonaro não para de ganhar fãs no Facebook. Durante a semana da votação do impeachment, Bolsonaro ganhou mais de cem mil novos seguidores chegando a quase 3 milhões de usuários que curtiram a sua página.
O índice aumentou no final de semana e no dia da votação.
Jean Wyllys cospe em Bolsonaro
O deputado federal do Rio de Janeiro, Jean Wyllys - PSOL 'cuspiu' em Bolsonaro durante a votação do processo de impeachment. De acordo com o relato de Jean, Bolsonaro proferiu palavras de baixão calão durante seu discurso como 'veado' e 'queima-rosca', alusivas a sua orientação sexual.
Após ouvir o insulto, Jean 'cuspiu' em Bolsonaro durante a votação. Bolsonaro disse em comunicado via Facebook que não processará o parlamentar por ter cuspido nele. Jean não se pronunciou sobre algum processo contra o deputado Jair Bolsonaro.
O discurso de Bolsonaro é preocupante tendo em vista que, dezenas de jovens e adultos foram mortos e torturados durante a ditadura militar.
Mais de cem pessoas ainda estão desaparecidas pois não foram encontrados os seus corpos para que suas famílias enterrassem seus entes queridos. O deputado incita o retorno do período considerado por muitos que viveram durante a ditadura militar, como o período mais obscuro do Brasil.